Por Noah Browning
(Reuters) - Os preços do petróleo sobem acima de 120 dólares o barril nesta segunda-feira, alcançando o maior nível em mais de dois meses, enquanto traders esperam para ver se uma reunião da União Europeia chegaria a um acordo sobre a proibição das importações de petróleo russo.
O contrato futuro de petróleo Brent para julho, que expira na terça-feira, subia 80 centavos, ou 0,67%, a 120,23 dólares o barril às 08h25 (horário de Brasília). O contrato do Brent para agosto, que está mais ativo, subiu 74 centavos, ou 0,6%, para 116,30 dólares o barril.
Os contratos futuros de petróleo do West Texas Intermediate (WTI) dos EUA saltaram 86 centavos, ou 0,75%, para 115,93 dólares por barril, estendendo os ganhos sólidos obtidos na semana passada.
A UE deve se reunir na segunda e terça-feira para discutir um sexto pacote de sanções contra a Rússia por sua invasão da Ucrânia, ações que Moscou chama de "operação militar especial".
"O cenário macro continua mudando e isso determinará o quanto a demanda por petróleo melhorará nos próximos 12 meses", disse Edward Moya, analista sênior de mercado da OANDA.
"A geopolítica ainda é importante, mas muito do impacto da Europa diminuindo sua dependência da energia russa foi precificado."
Os governos da UE não chegaram a um acordo sobre um embargo ao petróleo russo no domingo, mas continuarão as negociações sobre um acordo para proibir entregas marítimas e permitir entregas por oleoduto, antes da cúpula na tarde de segunda-feira, disseram autoridades.
Qualquer proibição adicional ao petróleo russo apertaria um mercado já com problemas de oferta em meio à crescente demanda por gasolina, diesel e combustível de aviação antes do pico da temporada de verão nos Estados Unidos e na Europa.
Ressaltando o aperto do mercado, a Opep+ deve rejeitar os pedidos ocidentais para acelerar os aumentos na produção quando se reunir na quinta-feira. Espera-se que o grupo mantenha os planos existentes de aumentar sua meta de produção de julho em 432.000 barris por dia, disseram seis fontes da Opep+ à Reuters.
(Reportagem adicional de Sonali Paul em Melbourne e Koustav Samanta em Cingapura)