PEQUIM (Reuters) - O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, defendeu nesta quinta-feira a meta do governo de mais de 6% de crescimento econômico este ano, dizendo que "não é baixa" e que a política monetária não será drasticamente afrouxada para buscar uma expansão maior.
A meta ficou bem abaixo das expectativas dos analistas, já que a previsão consensual é de crescimento de mais de 8% este ano.
Li disse que o foco deste ano é consolidar a recuperação econômica da China e que estabelecer metas de crescimento extremamente diferentes de ano para ano apenas "perturbaria" as expectativas do mercado.
"Andar rápido por um momento não significa caminhar com firmeza", disse Li. "Só com um ritmo constante seremos firmes nos nossos passos."
Li alertou contra qualquer "mudança brusca" na formulação de políticas monetárias e disse que não haverá redução nos esforços para garantir o sustento das pessoas.
Sobre a meta do governo para 2021 de criar mais de 11 milhões de empregos urbanos, Li disse esperar que essa meta possa ser ultrapassada, embora a pressão sobre o mercado de trabalho continue significativa.
A China também continuará a se abrir para investimentos estrangeiros, incluindo um esforço para abrir seu setor de serviços, disse ele.
(Por Kevin Yao; reportagem adicional de Stella Qiu e Gabriel Crossley)