Por Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, disse nesta quarta-feira que não está considerando dissolver o Parlamento, descartando as especulações de que poderia convocar uma eleição antecipada nos próximos meses para solidificar sua posição dentro do partido governista.
"Não está na minha cabeça agora", disse Kishida ao Parlamento, quando questionado sobre a chance de dissolver o Legislativo e anunciar uma eleição antecipada no curto prazo.
"A única coisa que posso dizer é que enfrentarei desafios que não podem ser adiados e cumprirei minha responsabilidade de explicar minhas decisões ao público", disse ele.
O gabinete de Kishida tem visto os índices de aprovação popular se recuperarem após vários sucessos diplomáticos, como consertar as relações tensas com a Coreia do Sul e o encontro surpresa com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, em Kiev.
Tendo conduzido com sucesso o orçamento do Estado do próximo ano no Parlamento, Kishida está enfrentando pedidos de dentro de seu governo para convocar uma eleição antecipada, informaram os jornais Asahi e Nikkei nesta quarta-feira.
A próxima eleição nacional não ocorrerá até 2025, a menos que Kishida convoque uma eleição antecipada. Ao obter uma vitória em uma eleição antecipada, Kishida pode aumentar a chance de ser reeleito na disputa pela liderança de seu partido em setembro de 2024, dizem analistas.
O momento, no entanto, é complexo pelo calendário político lotado do Japão, com uma série de eleições municipais e locais marcadas para o mês que vem.
O Japão também sediará uma cúpula do G7 em maio, onde Kishida espera mostrar a unidade do grupo contra a invasão da Ucrânia pela Rússia.
(Reportagem de Leika Kihara; Reportagem adicional de Yoshifumi Takemoto)