WASHINGTON (Reuters) - A China está enfrentando problemas econômicos significativos que têm mais probabilidade de afetar a região do que os Estados Unidos, disse nesta segunda-feira o vice-secretário do Tesouro dos EUA, Wally Adeyemo.
As declarações dele foram feitas um dia depois de o presidente norte-americano, Joe Biden, chamar a situação econômica da China de "crise".
Pequim tem os recursos para lidar com sua economia no curto prazo, mas precisa enfrentar questões econômicas estruturais de longo prazo, como demografia e alto endividamento, disse Adeyemo em uma entrevista à CNN.
"Será muito mais difícil para eles lidarem com isso ao longo do tempo", disse ele.
No domingo, Biden disse que o crescimento da China estava desacelerando devido a uma economia global fraca, bem como às políticas chinesas, embora não tenha citado nada específico. Ele observou os problemas da China com o setor imobiliário e o alto índice de desemprego entre os jovens.
Adeyemo disse à CNN que, embora algumas das decisões específicas da China afetem certas empresas específicas, "quando você olha para a economia, os Estados Unidos têm alguma exposição, mas é limitada".
"Uma economia chinesa em desaceleração terá um impacto, mas principalmente em seus vizinhos", acrescentou Adeyemo.
(Reportagem de Susan Heavey)