BUENOS AIRES (Reuters) - Os agricultores argentinos comercializaram 77,2% da soja da safra 2021/22, cuja produção foi de 44 milhões de toneladas, abaixo do patamar de 78,8% registrado na mesma data da temporada anterior, informou o Ministério da Agricultura do país nesta quarta-feira.
Entre os dias 8 e 14 de dezembro, os produtores da Argentina - maior exportador mundial de derivados da oleaginosa - venderam 516,5 mil toneladas de soja, um dos maiores números semanais registrados nos últimos meses.
No dia 27 de novembro, voltou a vigorar um diferencial de cotação em dólar mais rentável para os produtores de soja da Argentina, que vai durar até o final do ano.
Em relação ao milho da safra 21/22, 73,5% dos 59 milhões de toneladas colhidos já foram comercializados, segundo o Ministério da Agricultura. Este número está abaixo dos 76,2% que haviam sido vendidos na mesma época durante o ciclo 20/21.
O plantio do milho para o ciclo 2022/23 começou em setembro na Argentina, terceiro maior exportador mundial do cereal, embora sua implantação tenha sido adiada devido a uma estiagem prolongada que resultou na menor área plantada em seis anos, segundo o Bolsa de Comércio de Rosário.
Em relação ao trigo, até a semana passada foram vendidas 6,3 milhões de toneladas da safra 2022/23, o que representa 46,9% da produção total.
Em consequência de uma seca prolongada, que o Serviço Meteorológico Nacional prevê que permaneça por mais alguns meses, o governo estimou que a colheita de trigo 22/23 seria de apenas 13,4 milhões de toneladas.
(Reportagem de Belén Liotti)