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Quebra efetiva de regime fiscal levaria Selic para perto de 14%, diz economista do BV

Publicado 28.10.2021, 15:22
© Reuters. Fachada do prédio do Banco Central, em Brasília
02/09/2020
REUTERS/Adriano Machado
USD/BRL
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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Um cenário de abandono efetivo do arcabouço fiscal forçaria o Banco Central a elevar os juros para perto de 14%, disse Carlos Lopes, economista do banco BV, chamando atenção para a má performance dos mercados brasileiros nesta quinta-feira em dia de novos ruídos sobre renovação do auxílio emergencial mesmo que a PEC dos Precatórios não seja aprovada.

O dólar à vista subia 0,7% por volta de 14h53, na linha dos 5,60 reais depois de superar esse patamar mais cedo e com o real na pior posição entre pares globais. Enquanto isso, as taxas de juros nos contratos de DI tinham novo dia de forte pressão, com alguns vencimentos em disparada de quase 50 pontos-base.

O mercado repercutia informações de que o governo manteria plano de pagar 400 reais no Auxílio Brasil (novo Bolsa Família) mesmo que o Congresso não consiga aprovar a PEC dos Precatório, que abriria espaço para o gasto extra. Sem a PEC, a elevação da despesa poderia ocorrer via abertura de créditos extraordinários ou decretação do estado de calamidade pública.

"Essa novidade é uma bomba!", disse o economista do banco BV. "O mercado entende que isso pode abrir (a torneira de gasto), não teria limite para os gastos no ano que vem. Isso traz impacto muito forte que recai sobre o PIB, e o BC precisaria reagir mais para conter os efeitos na inflação", afirmou.

O BV baixou recentemente a projeção de crescimento do PIB em 2022 de 1,5% para 1,3%, após acréscimo esperado de 5% em 2021. Mesmo assim, o BC precisará ser mais incisivo na política monetária e levar a Selic a 11% ao fim do ciclo, de 7,75% atualmente.

Apesar do juro mais alto --que encarece o custo de posições negativas no real--, a taxa de câmbio vai depreciar na passagem de ano, saindo de 5,50 por dólar ao fim de 2021 para 5,70 por dólar em 2022.

© Reuters. Fachada do prédio do Banco Central, em Brasília
02/09/2020
REUTERS/Adriano Machado

"Essas premissas são dentro de um cenário que não contempla quebra profunda de regime fiscal", disse, avaliando que hoje o país está em situação de "moderada irresponsabilidade fiscal".

"Com a quebra de regime, poderíamos ver o juro se aproximar de 14%", disse.

A última vez que a Selic esteve na casa de 14% foi em novembro de 2016, pouco antes da aprovação final do teto de gastos pelo Congresso. Na reunião do Copom de 29 de novembro daquele ano, o Bacen baixou o juro para 13,75%.

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