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Reformar impostos sobre consumo era imprudente em 2020 com pandemia e demanda por compensação, diz Guedes

Publicado 20.08.2021, 13:30
© Reuters. Ministro da Economia, Paulo Guedes, caminha em direção a cerimônia, no Palácio do Planalto, em Brasília
05/08/2021
REUTERS/Adriano Machado

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira que não era prudente seguir com a reforma tributária ampla sobre o consumo no ano passado em meio aos reflexos sobre a economia da pandemia de Covid-19 e a demandas dos Estados por compensação em um fundo alimentado pela União.

Ao participar de audiência sobre a reforma proposta na PEC 110, que tramita no Senado, Guedes disse que teve que se afastar do então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (Sem Partido-RJ), porque ele queria 400 bilhões de reais para um fundo para que houvesse acordo para a reforma seguir adiante.

Na Câmara está parada a PEC 45, que também propõe uma reforma tributária mais ampla sobre o consumo, mas menos ambiciosa que o texto do Senado. A proposta inicial do Executivo, em contrapartida, é de unificação apenas de PIS e Cofins num único tributo federal, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), estruturada como um Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

Guedes pontuou que o fundo para compensação "não tinha a menor condição" e "era inviável". Ele também disse acreditar ser "mais viável" fazer reforma tributária sobre consumo em etapas.

© Reuters. Ministro da Economia, Paulo Guedes, caminha em direção a cerimônia, no Palácio do Planalto, em Brasília
05/08/2021
REUTERS/Adriano Machado

"Acho impossível fazer de uma vez", disse. "PEC pode ser até uma orientadora do que vai ser por etapas", acrescentou.

O ministro também disse que, se Estados já têm um consenso sobre a mudança para o ICMS, deveriam aproveitar para já fazer uma reforma mirando uma alíquota homogênea.

(Por Marcela Ayres)

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