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Regra a ser retomada para gasto em saúde e educação teria ampliado essas despesas em R$43 bi em 2022

Publicado 24.03.2023 16:57
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© Reuters. Médico segura um estetoscópio na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Melun-Senart, perto de Paris, França 30/10/2020 REUTERS/Benoit Tessier

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) - O novo arcabouço fiscal a ser proposto pelo governo retomará a regra que estava em vigor para despesas mínimas com saúde e educação antes da vigência do teto de gastos, um cálculo que teria ampliado em 42,9 bilhões de reais os desembolsos nas duas áreas em 2022 se a medida já estivesse valendo.

A estimativa, feita pela Instituição Fiscal Independente (IFI), mostra que em três dos seis anos de vigência do teto, o governo gastou menos do que teria executado se estivessem em vigor os patamares mínimos exigidos pela norma passada.

O retorno à regra constitucional anterior foi aprovado na PEC da Transição no fim de 2022. O texto estabelece que a sanção da lei complementar do novo arcabouço fiscal --que ainda não foi apresentado-- revogará automaticamente dispositivos do teto, incluindo o que limitou o crescimento das despesas com saúde e educação à variação da inflação.

Até a entrada em vigor do teto, em 2017, o governo federal era obrigado a gastar ao menos 15% de sua receita líquida em saúde. Para educação, a despesa era de pelo menos 18% das receitas de impostos. Portanto, quanto maior a arrecadação, maiores eram os limites mínimos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na terça-feira que o novo arcabouço terá uma "transição" para recuperar despesas com saúde e educação depois do teto dos gastos. Sem deixar claro se seria feita uma compensação retroativa ou exatamente o que essa transição implicará, ele afirmou que a nova regra fará uma “reposição das perdas dos dois setores”.

A diretora da IFI, Vilma Pinto, afirmou ser difícil avaliar se o governo teria conseguido gastar com efetividade a verba a mais em 2022, considerando que houve um aumento repentino e forte na arrecadação no ano, o que geraria um salto nesses limites mínimos na regra anterior.

A arrecadação do governo federal cresceu 8,18% acima da inflação no ano passado, em meio à retomada da economia pós pandemia e com o impulso da alta dos preços de commodities e da inflação.

“Com o arcabouço, vai se passar a calcular da forma que se calculava antes, a despesa (com saúde e educação) vai depender do volume de receita do governo. O ano de 2022 foi muito atípico, com muita receita extraordinária, não sei se 2023 e 2024 terá uma receita tão forte”, disse.

Meta e gatilhos

A apresentação da proposta de regra fiscal que substituirá o teto chegou a ser prevista para março, mas acabou adiada para abril. A medida buscará retirar amarras consideradas muito restritivas pelo governo e instituir um sistema orçamentário mais flexível.

De acordo com uma fonte que acompanha a elaboração da proposta, o novo modelo deve prever uma estrutura fiscal baseada na meta de resultado primário --diferença entre receitas e despesas do governo, sem contar o gasto com juros da dívida pública-- e contar com gatilhos para segurar gastos caso seu desempenho não seja satisfatório. Entre as possibilidades mencionadas, está uma limitação no crescimento das verbas de pessoal.

Essa autoridade e uma segunda fonte ressaltaram que o Ministério da Fazenda descartou ideias que propunham o uso da dívida pública como âncora fiscal, incluindo a que havia sido apresentada em 2022 pelo Tesouro Nacional.

A visão de membros da pasta é que o indicador de dívida também varia por fatores alheios à capacidade de gestão do governo federal. Entre eles, a taxa básica de juros, que pressiona a dívida pública quando elevada pelo Banco Central.

A segunda fonte ressalta que, de qualquer maneira, a regra foi desenhada de forma a permitir que as contas públicas sejam sustentáveis e viabilizem uma estabilização da dívida pública.

Os técnicos da Fazenda têm defendido ainda que o arcabouço seja anticíclico, permitindo que o governo acumule recursos em períodos de arrecadação forte e que possa gastar mais em situações de crise.

Em um ponto que pode gerar atritos, já que aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendem uma liberação dos investimentos, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou nesta semana que o arcabouço não vai prever excepcionalização de gastos em áreas específicas.

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Comentários (15)
Joao Faria
Joao Faria 25.03.2023 16:37
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O ladrão devolveu as jóias. Então se eu roubar e devolver não serei preso ou só o genocida tem esse privilégio ?
ASHMODAI ASMODEUS
ASHMODAI ASMODEUS 25.03.2023 12:02
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Esta certo. Sem saúde e educação o país não sai do lugar. As maiores potências do mundo jnvestiram nisso.
ASHMODAI ASMODEUS
ASHMODAI ASMODEUS 25.03.2023 12:02
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Não dá para manter o país só com commodities para sempre. Devemos produzir industrialmente com mão de obra qualificada, para isso é inevitável investir em educação e saúde, independente da ideologia.
jonatas souza
jonatas souza 25.03.2023 10:43
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Inflacao que se dane … lula ja esta destruindo nossa economia
Adriana Matos
Adriana Matos 25.03.2023 10:43
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? Economia de quem? A que deixou de ser a sexta do mundo para ser qual? 14?
ewerton costa
ewerton costa 24.03.2023 20:55
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só diminuir o número de ministério e cargos nomeados pelo governo nas autarquias e empresas públicas que sobrará muito dinheiro para saúde e educação. Embora se gestionarem corretamente a verba atual já bdaria e ainda sobrava.
Valter Nunes
Valter Nunes 24.03.2023 20:40
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50% de toda arrecadação federal vai para pagamento aos Bancos. É fácil solicitar cortes na saúde e educação para pagar juros? Aí coloca um Banqueiro para definir a taxa dos juros que o Governo deve pagar aos bancos. Perfeito.
Sergio Rogante
Sergio Rogante 24.03.2023 20:40
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Certamente desenvolveu esse raciocinio digno de um Prêmio Nobel durante o tempo em que o Haddad foi ministro da educação...
Rodrigo Biscaia
Rodrigo Biscaia 24.03.2023 20:32
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ESTAS ÁREAS SÃO PERFEITAS PARA CORRUPÇÃO, TUDO COMO ANTES 🤣🤣🤣
Cardoso Cardoso
Cardoso Cardoso 24.03.2023 20:32
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você é o que você fala.
Patrick Pacheco
Patrick Pacheco 24.03.2023 20:10
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Investiram tanto no passado que o brasil tem uma das piores educacoes no mundo todo
Celso Santos
Celso Santos 24.03.2023 20:10
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E piorou drasticamente com o governo passado, que praticamente acabou com a educação escolar deste país.
Rafael Sabbag
Rafael Sabbag 24.03.2023 20:10
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Celso Santos verdade Celso! Pelo menos agora o amor venceu!! Ta comendo picanha ai? Abs
Wagner Freitas
Wagner Freitas 24.03.2023 20:05
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Tá bom vamos cuidar da educação e da saúde, mas, corte outras despesas também, certo?! Bobagem claro que não farão isso.
Valter Nunes
Valter Nunes 24.03.2023 20:05
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Cortar onde? temos um dos menos serviços públicos do mundo. Nossa maior despesa são os JUROS AOS BANCOS.
Francis SR
Goldman888 24.03.2023 20:05
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Valter Nunes  Cortar reajuste de SUPERSALÁRIOS (que tal?) Cortar bolsa artista rico, cortar ministérios inúteis, cortar mordomias de ex-presidentes, a lista é grande.
Gui Almeida
Gui Almeida 24.03.2023 19:57
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Se for isso mesmo lascou né amigos. Divida pública sem nenhum freio e gastança contando com arrecadações fortes futuras que não tem nenhuma garantia de acontecer.
Vagner Junior
Vagner Junior 24.03.2023 19:55
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é muito claro. a bolsa e os milionários pelo mundo surfaram a bolsa durante o Gov do Jair pq o Guedes cortou tudo. sucateou tudo. até por isso o Gov do Jair foi marcado por fazer nada.
Gustavo Pelisser
Gustavo Pelisser 24.03.2023 19:55
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Vai estudar, comentário mais patético impossível.
Luis H F D
Luis H F D 24.03.2023 19:55
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porque sendo que cortou tudo que pode,nem o básico era sustentado
 
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