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Rentabilidade de bancos deve evoluir de forma moderada após rápida recuperação em 2021, diz BC

Publicado 09.08.2022, 09:49
Atualizado 09.08.2022, 16:35
© Reuters. Vista do prédio do Banco Central em Brasília
16/05/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) -O Banco Central afirmou nesta terça-feira que a rentabilidade dos bancos no Brasil deve evoluir de forma moderada nos próximos períodos após rápida recuperação em 2021.

Em seu Relatório de Estabilidade Financeira, que leva em conta dados do segundo semestre do ano passado, o BC mostrou que o lucro líquido do sistema foi de 132 bilhões de reais em 2021, 49% superior ao registrado em 2020, ano com fonte impacto da Covid-19 sobre a economia, e 10% acima do observado em 2019. O valor é o maior da série iniciada em 2014.

Segundo o documento, o resultado de 2021 das instituições financeiras foi impulsionado por crescimento da margem de juros, redução das despesas com provisões e ganhos de eficiência.

O retorno sobre o patrimônio líquido dessas empresas fechou 2021 em 15%, retornando a níveis de 2019. O indicador vinha em alta até ser impactado pelos reflexos da pandemia, chegando a cair até 12,25% em dezembro de 2020, mas depois registrou movimento de alta.

"A rentabilidade do sistema deve se manter resiliente, mas os lucros tendem a crescer em ritmo mais lento", disse a autarquia.

O ano passado marcou o começo do agressivo ciclo de aperto monetário pelo BC com o objetivo de conter a inflação, com a taxa básica saindo de 2% ao ano para 9,25% no fechamento de 2021.

Com a retomada da atividade após o arrefecimento da pandemia, o estoque de crédito cresceu 16,5% no ano passado, enquanto as taxas médias de juros saltaram a 33,9% --estavam em 25,5% no fim de 2020. O spread bancário no crédito livre também aumentou no ano, de 20,9 pontos percentuais em 2020 para 23,7 pontos.

Para a autoridade monetária, o cenário para 2022 é de atividade econômica mais fraca, menor crescimento do crédito, aumento da inadimplência para médias históricas e de custo de captação e operacional mais altos, elementos que representam obstáculos para a evolução da rentabilidade dos bancos.

O BC afirmou que a margem de crédito foi pressionada pela alta nos juros, mas deve se beneficiar das concessões a taxas de juros mais altas e crédito mais rentável.

O documento apontou que após período de recuo, as despesas dos bancos com provisões líquidas estabilizaram no nível pré-pandemia e não devem favorecer o aumento da rentabilidade.

Em outro fator, o BC disse que as receitas de serviços dessas instituições devem crescer menos em 2022 porque a melhora da atividade econômica deverá ser mais fraca no ano.

SEM RISCO À ESTABILIDADE

No documento, o BC informou que suas análises indicam não haver risco relevante para a estabilidade financeira do país.

"Testes de estresse de capital demonstram que o sistema bancário está preparado para enfrentar todos os choques macroeconômicos simulados", disse, acrescentando que o sistema financeiro mantém provisões adequadas, além de capitalização e liquidez confortáveis.

Segundo a análise, a dinâmica das empresas no país mostra situação econômico-financeira melhorando, crédito bancário crescendo acima do ritmo pré-pandemia e materialização de risco em queda.

A autoridade monetária ressaltou que o risco fiscal elevado e o processo de aperto monetário em curso continuam impactando as condições financeiras atuais e, consequentemente, a atividade econômica corrente e futura.

© Reuters. Vista do prédio do Banco Central em Brasília
16/05/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino

O documentou mostrou que a confiança do mercado na estabilidade financeira permanece elevada, embora tenha recuado levemente.

"As instituições financeiras manifestaram preocupação com o risco fiscal e com a inflação doméstica, menor confiança na recuperação da atividade econômica e queda na disposição para tomar riscos", disse.

(Edição de Camila Moreira e Isabel Versiani)

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