RIO DE JANEIRO (Reuters) - Após 14 dias de restrição, a prefeitura do Rio de Janeiro iniciou nesta sexta-feira uma flexibilização do isolamento que ainda mantém “toque de recolher“ e praias "fechadas“.
Segundo a prefeitura, a abertura foi possível graças a uma tendência de redução nos atendimentos na rede básica de urgência e emergência da cidade. Antes dos 14 dias, havia um movimento de alta que estimulou a adoção de medidas de restrição.
“Reduziu o número de pessoas nas UPAs e rede básica ... temos uma visão mais otimista e medidas restritivas tiveram efeito e funcionaram apesar do sofrimento dos comerciantes“, disse a jornalista o prefeito Eduardo Paes (DEM).
"Daqui a pouco são menos internações e óbitos. Flexibilização não tem que olhar para óbitos e sim para dados mais atualizados como atendimento de urgência e emergência“, adicionou ele, ao lembrar os casos e óbitos ainda seguem patamar elevado.
A partir desta sexta, bares, lanchonetes, restaurantes e shopping voltam a funcionar, mas com horário reduzido.
A cidade continua com toque de recolher das 23h às 5h e as praias, cachoeiras e parques seguem fechados. Nas praias , estão permitidos apenas atividades individuais na água e na areia, porém a prefeitura já estuda autorizar em breve a prática de esportes coletivos em horário reduzido. Shows, eventos e festas seguem proibido.
“A flexibilização não quer dizer que liberou geral; as restrições continuam e vamos acompanhar; se houver abuso a Seop vai agir com rigor porque senão vamos ter que tomar medidas mais duras “, afirmou.
A taxa de ocupação de leitos de UTI e enfermaria segue alta na rede pública e privada, mas novos leitos de UTI foram abertos na rede federal.
O Estado iniciou nesta sexta a distribuição de mais de 430 mil doses de vacinas aos municípios.
A cidade do Rio já vacinou mais de 1 milhão de pessoas até agora, quase 15% da população e mais de 65% dos idosos.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; Edição de Alexandre Caverni)