Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - Uma medida do risco-Brasil se mantinha nesta terça-feira no menor patamar em mais de seis anos, já atingido na véspera, quando engatou oito quedas consecutivas, em meio ao clima positivo nos mercados internacionais e ao ambiente de otimismo na cena doméstica após a aprovação da reforma previdenciária.
O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos --derivativo que mede o custo de proteção contra um calote da dívida soberana brasileira-- se estabilizava em 117,15 pontos-base nesta terça-feira, depois de fechar nesse patamar na segunda --o menor nível para um encerramento desde 10 de maio de 2013 (111,179 pontos-base).
Em oito quedas consecutivas entre 17 e 28 de outubro, o CDS perdeu 14,16 pontos-base, queda de 10,78%. No mesmo período, o dólar à vista (BRBY) se desvalorizou 3,91%, e o Ibovespa (BVSP) subiu 2,62%, para máximas recordes.
A melhora dessas medidas no mercado ganhou força depois de o Senado concluir, no último dia 23, a votação da reforma da Previdência, tirando definitivamente um importante fator de risco para o mercado.
Somado aos temas locais, sinais de progresso nas negociações tarifárias entre Estados Unidos e China, menor chance de um Brexit desordenado e expectativas de mais cortes de juros nos Estados Unidos também ajudaram a diminuir a percepção de risco, o que reduziu prêmios na dívida brasileira e colaborou para a queda do CDS.