SÃO PAULO (Reuters) - Os agricultores do Rio Grande do Sul concluíram o plantio de soja 2022/23, com chuvas que permitiram o avanço de 1 ponto percentual que faltava, após atrasos causados por condições climáticas secas, enquanto a colheita de milho atingiu 54% da área, disse a empresa de assistência técnica e extensão rural Emater-RS nesta quinta-feira.
O retorno das precipitações mais recentes também contribuiu para auxiliar lavouras em desenvolvimento.
"A ocorrência de chuvas no Estado, de modo geral, ameniza a situação da cultura, que vem sofrendo com a estiagem", disse a empresa ligada ao governo estadual.
A Emater ressaltou, porém, que a chuva não foi suficiente para recuperar toda a safra gaúcha.
Na regional de Bagé, por exemplo, as lavouras que receberam bons volumes de chuvas apresentam diferentes condições. Há casos de áreas com elevado índice de mortalidade de plantas, onde o potencial produtivo já foi severamente comprometido.
"Na de Ijuí, o retorno das precipitações possibilitou a recuperação das lavouras onde os volumes acumulados foram superiores a 30 milímetros. No entanto, a situação da cultura é muito irregular entre os municípios e entre localidades nos municípios", afirmou.
Para o milho, a empresa disse que a chuva beneficiou os cultivos, embora o plantio tenha ficado travado em 99%. A colheita, por sua vez, chegou a 54% ante 46% na semana anterior.
Um ano antes, a colheita do cereal estava em 57% e a média histórica é de 46% para o período.
(Reportagem de Nayara Figueiredo)