Por David Morgan e Susan Cornwell
WASHINGTON (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos decidiu nesta quarta-feira avançar em direção ao debate formal e à aprovação de um acordo de infraestrutura de 1,2 trilhão de dólares, depois que negociadores de ambos os partidos chegaram a um acordo sobre os principais itens do pacote que é uma das principais prioridades do presidente Joe Biden.
O acordo, que vem depois de meses de negociações entre democratas e republicanos do Senado, recebeu apoio de senadores de ambos os partidos, sendo aprovado por 67 votos a 32.
A senadora democrata Kyrsten Sinema e o senador republicano Rob Portman, os dois líderes das negociações no Senado, anunciaram o acordo desta quarta-feira a repórteres no Capitólio.
"Estamos entusiasmados em ter um acordo", disse Sinema, que descreveu Biden como "muito animado" com o pacote de infraestrutura.
O acordo inclui 110 bilhões de dólares para estradas, 65 bilhões de dólares para expandir o acesso à banda larga e 47 bilhões de dólares para resiliência ambiental, disseram os parlamentares.
Abordando uma preocupação dos republicanos com o financiamento das medidas, Portman disse que o pacote está "mais do que pago" e acrescentou: "Esperamos seguir em frente e ter um debate saudável."
Autoridades disseram que o pacote será financiado por meio de uma combinação de medidas, sendo a principal o redirecionamento de 205 bilhões de dólares de fundos de alívio da Covid-19. Outra iniciativa é a recuperação de 50 bilhões de dólares em benefícios de desemprego pagos de forma fraudulenta durante a pandemia.
Os democratas pretendem que o projeto de lei - que inclui financiamento para estradas, pontes, banda larga e outras infraestruturas físicas - seja seguido por um pacote de "infraestrutura humana" de 3,5 trilhões de dólares que enfrenta forte oposição republicana e de alguns dissidentes democratas moderados.
(Por David Morgan, Susan Cornwell e Richard Cowan)