Por Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos deve concluir a aprovação nesta sexta-feira de uma legislação que financia várias agências federais até setembro, evitando uma paralisação parcial do governo que começaria à meia-noite.
A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira, por 339 votos a 85, o pacote de apropriações do ano fiscal de 2024 para manter em funcionamento operações e progamas de agricultura, transporte, habitação, energia, militares veteranos e outros.
Mas 83 dos correligionários republicanos do presidente da Câmara, Mike Johnson, desafiaram sua liderança e votaram "não", exigindo um forte apoio dos democratas para que o projeto de lei fosse aprovado.
A votação deixou um gosto amargo para os republicanos radicais que lutaram arduamente para obter cortes mais profundos nos gastos em meio a uma dívida nacional de quase 34,5 trilhões de dólares.
A aprovação encerrou mais de um ano de caos na Câmara, uma vez que os republicanos extremistas fomentaram batalhas intrapartidárias para escolher um presidente da Câmara - não uma, mas duas vezes - e bloquearam ou atrasaram muitos dos 12 projetos de lei de gastos anuais para manter o governo funcionando.
No entanto, os republicanos do Comitê de Apropriações da Câmara, após a votação, se vangloriaram em uma declaração de que, com essa legislação, eles reverteram a trajetória de aceleração dos gastos do governo, cumprindo uma promessa de campanha de 2022.
Os democratas da Câmara destacaram a agitação republicana, junto de seu próprio papel na quebra do impasse orçamentário na quarta-feira.
Embora se espere que o Senado aprove o pacote e o envie ao presidente Joe Biden para ser assinado como lei, isso não marcará o fim das lutas para financiar o ano fiscal que começou em outubro.
Ainda está por vir o debate sobre um conjunto final de projetos para as Forças Armadas, segurança interna, programas de saúde, serviços financeiros, operações estrangeiras e outros financiamentos anuais. O Congresso tem o prazo de 22 de março para aprová-los.
Todos esses projetos deveriam ter sido promulgados até 1º de outubro passado, o início do ano fiscal de 2024. Embora o Congresso raramente cumpra esse prazo, esse atraso tem sido excepcionalmente longo e caótico.