(Reuters) - Separatistas do sul do Iêmen abandonaram neste sábado alguns prédios governamentais em Áden que eles haviam tomado na última semana, mas permaneceram acampados em instalações militares.
A tomada de Áden pelos separatistas tem pressionado a coalizão militar liderada por sauditas formada para confrontar os houthis, que explodiram uma instalação petrolífera saudita no sábado.
Um porta-voz disse que dez drones lançados em direção a instalações de petróleo em Shaybah, no leste da Arábia Saudita, foi o "maior ataque nas profundezas" do reino.
A companhia de petróleo estatal Saudi Aramco disse que o ataque causou um incêndio contido em uma estação de gás. O ministro de Energia, Khalid al-Falih, condenou o ataque como uma sabotagem "covarde".
O conflito é visto na região como reflexo dos conflitos entre a Arábia Saudita sunita e seu rival regional xiita, o Irã.
Os sunitas, que tem o apoio do Ocidente, intervieram no Iêmen em março de 2015 para tentar retaurar o governo de Abd-Rabbu Mansour Hadi, que tinha o reconhecimento da compunidade internacional, depois que os houthis o tiraram do poder na capital Sanaa, em 2014.
As Nações Unidas têm tentado implementar um acordo de paz na cidade portuária de Hodeidah e abrir caminho para conversações políticas que levem ao fim da guerra, que tem castigado o Iêmen.
Os separatistas são um componente importante da aliança anti-houthi, mas a guerra despertou antigas tensões entre o sul e norte do Iêmen, que eram dois países separados até 1990.
(Por Mohammed Mukhashef e Maher Chmaytelli)