Em protesto contra o Governo Federal, servidores do Banco Central paralisam temporariamente as atividades nesta quinta-feira, 24, no pleito do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) por reajuste salarial e reestruturação de carreiras dos funcionários da autoridade monetária.
Nesta quinta, não houve atos públicos, somente virtuais, por meio do canal do sindicato no YouTube. De acordo com o sindicato, 60% dos servidores do BC aderiram ao movimento. A entidade informou que haverá uma nova reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, após o carnaval, para tratar novamente das reivindicações.
"Acreditando que a referida reunião com o Roberto Campos Neto não trará ainda uma proposta oficial do Governo Federal. Já estamos trabalhando em uma nova paralisação parcial em 10/3, de 14 às 18h", informou o sindicato. Para o movimento em março, o Sinal aguarda a participação de 70% dos servidores.
O sindicato afirmou que vai aguardar uma proposta concreta até 16 de março. Caso a pauta não avance, os servidores do Banco Central passarão a debater uma greve por tempo indeterminado a partir da segunda quinzena de março. Antes, o limite era dia 9 de março.
Ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o presidente do sindicato, Fábio Faiad, disse que o prazo limite foi prorrogado porque a pauta não salarial, de reestruturação de carreiras, foi encaminhada pela diretoria do BC ao Planalto. "Já que houve esse gesto de boa vontade, demos essa esticada", justificou.
Procurado, o Banco Central disse que não vai se pronunciar sobre o movimento desta quinta.