A retomada do grau de investimento pelo Brasil dependerá do compromisso político do país com as reformas necessárias para melhorar o crescimento econômico e a situação das contas públicas, afirmou a agência de classificação de risco S&P Global em um relatório.
Atualmente, a agência atribui nota de crédito BB (BVMF:BBAS3) com perspectiva estável para o Brasil. O rating atual indica que o País é um devedor menos vulnerável a problemas no pagamento da dívida no curto prazo, mas que enfrenta incertezas contínuas por causa de condições de negócio, financeiras e econômicas adversas.
Para atingir o grau de investimento, que equivale a um selo de bom pagador de dívidas, o Brasil precisaria melhorar a nota em pelo menos dois graus, para BBB-, na escala da S&P. A última revisão do rating brasileiro pela S&P ocorreu em 19 de dezembro do ano passado.
"O Brasil tem uma posição fiscal e de crescimento econômico mais fraca do que a da maioria dos pares em mercados emergentes, o que restringe o rating em BB", disse a S&P em um comunicado.
"Um rating soberano maior vai depender primariamente da evolução da política fiscal do Brasil. Em relação a isso, melhoras na perspectiva de crescimento econômico também podem ser chave para um upgrade", acrescentou.