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STF conclui julgamento tributário favorável ao governo e Fazenda vê ganho de R$6 bi

Publicado 04.04.2024, 18:59
Atualizado 05.04.2024, 10:52
© Reuters. Plenário do STF, em Brasília
04/04/2018
REUTERS/Adriano Machado

Por Bernardo Caram e Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quinta-feira julgamento que permite ao governo cobrar de contribuintes em caso de reversão de uma decisão tributária pela Corte, durante análise de um caso cuja decisão é considerada favorável ao governo.

De acordo com duas fontes do Ministério da Fazenda que acompanharam o caso, o ganho estimado com a decisão está em 6 bilhões de reais, acima do 3 bilhões de reais previstos no ano passado. O valor compreende apenas alguns casos monitorados pela área jurídica do governo e pode ser maior.

Em 2023, o STF permitiu que o governo passe a cobrar novamente tributos de contribuintes -- mesmo após eles terem conquistado na Justiça o direito definitivo de não pagarem -- se houver decisão posterior do próprio Supremo em sentido contrário. O entendimento vale para todos os casos, sem qualquer tipo de avaliação individual.

Posteriormente, a Corte passou a julgar recursos contra a decisão e rejeitou os questionamentos.

Pela decisão finalizada nesta quinta, seis ministros do STF votaram pela não modulação dos efeitos, permitindo que a Receita Federal cobre débitos gerados desde 2007. Esse entendimento venceu o voto de quatro ministros pela geração de efeitos apenas a partir de 2023.

O ganho aos cofres do governo não será ainda maior porque a Corte estabeleceu que o fisco não poderá cobrar multas punitivas de empresas que não pagaram os tributos no período.

Segundo uma das fontes, que falou sob condição de anonimato, o valor de 6 bilhões de reais teria subido para 7 bilhões de reais caso o STF tivesse liberado a aplicação das multas.

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O advogado tributarista Janssen Murayama disse que, apesar de o STF não respeitar a chamada coisa julgada em matéria tributária, considera como novidade o fato de a aplicação de multa ter sido afastada nos casos em que o contribuinte agiu de boa fé.

"A decisão da maioria do STF de entender pela não modulação dos efeitos da decisão que julgou devido o pagamento do tributo é boa para a Fazenda Nacional, pois a não modulação implicará a cobrança de tributos anteriores à decisão", disse.

"Para as empresas  não é bom, pois elas terão que recolher eventuais tributos não recolhidos no passado", reforçou ele, que é sócio do Murayama, Affonso Ferreira e Mota Advogados.

O advogado tributarista Fernando Lima, sócio do escritório Lavocat Advogados, disse que a decisão do STF é uma "afronta à segurança jurídica".

"Isso porque, ao mesmo tempo que ignora a própria natureza da coisa julgada, omite-se também em relação ao entendimento do STJ que se posicionava contrário ao afastamento de uma decisão definitiva a favor do contribuinte pela ótica da legislação federal", disse.

PRIMÁRIO

Uma das fontes da Fazenda ressaltou que parte dos recursos já está em depósito judicial na conta do Tesouro Nacional e, por isso, não melhora o resultado primário do ano, mas o que não estiver em depósito terá impacto positivo na conta. A entrada dos recursos, no entanto, não é imediata e não há previsão exata para os pagamentos.

O impacto no resultado primário do governo, em meio a um esforço da equipe econômica para aumentar a arrecadação e zerar o déficit fiscal, também dependerá de outros fatores, incluindo a forma de regularização dos débitos, que pode envolver um processo de execução fiscal.

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Mesmo com a previsão de ganho, a Fazenda tem argumentado que a decisão não beneficia simplesmente o governo porque também é possível haver reversões de entendimento em casos que passem a contrariar a posição da União.

Últimos comentários

E sobre costar gastos, o governo falou alguma coisa???
O Poder Judiciário é para exercer a jurisdição, ou seja, exercer o direito, e não realizar análises econômicas. Isto pertence a outrem, cujo Poder está sendo usurpado pelo Judiciário.
estão fazendo força para quebrar a economia em todas as frentes
STF é um partido de esquerda , logo , se a direita ganha uma eleicao ele será oposição
Se fosse, não teria condenado o PT no mensalão com a famosa frase "Não tenho provas, mas a literatura me permite !(literatura: GLOBO, FOLHA, ESTADÃO, VEJA).
condenou o PT nada, queimaram o dirceu por um tempo como bode expiatório e depois livraram a cara dele anulando tudo. se fosse pra condenar o lider do esquema o governo tinha caido já naquela epoca
Alexandre, o STF vai na onda da mídia, eles não são loucos de ir contra a opinião publicada da grande mídia. O Mensalão foi uma farsa inventada pelo ROBERTO JEFERSON quando ele foi pego roubando. Ficou provado que nunca houve pagamento mensal para parlamentares da base do governo aprovar os projetos do governo. Nem faz sentido isso.
ESSES VERMES DO STF SÓ FERRAM O POVO, E AINDA TEM OTÁRIO QUE ACREDITA NESSES MALDITOS!
Vergonha desse STF !! insegurança total
Será que a lei de 13 de maio de 1888 e a declaração de 7 de setembro de 1822 podem ser revertidas pelo STF? O ministro Dino já se posicionou contra a lei do quinto, do século XVIII.
“ S(pt)F”…. Ih! Será que serei preso? Nao sabe brincar nao brinca!
Boa, sPTf
STF constitucional já!
Segurança jurídica passando longe. Imagina como ficam os balanços: situação 1 - se nos próximos 200 anos não mudarem de ideia . balanço 2 - Se mudarem de ideia em 5 anos. Seria cômico se não fosse trágico.
Por isso é arriscado investir aqui. Além da insegurança com relação ao futuro, os caras agora estão mudando o passado.
Uai... se cabia recurso ao STF e o contribuinte perder é só pagar.
Que coisa absurda! Mas, como disse Pedro Malan certa vez 'No Brasil, até o passado é incerto'.
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