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Taxas dos contratos de DI curtos sobem com adiamento do arcabouço fiscal

Publicado 21.03.2023, 17:08
© Reuters. Lula participa de evento em Brasília
14/03/2023
REUTERS/Adriano Machado

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos contratos futuros de juros fecharam em alta nesta terça-feira na ponta curta da curva a termo, com os investidores reagindo mal à notícia de que a apresentação do novo arcabouço fiscal pelo governo ficará para o mês de abril, apenas após a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da visita oficial à China.

Na ponta longa, embora as taxas tenham subido durante a maior parte do dia, elas foram para o território negativo na reta final da sessão, em sintonia com o avanço firme das bolsas de ações norte-americanas.

No fim da tarde, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2024 estava em 13,01%, ante 12,982% do ajuste anterior. Já a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 12,11%, ante 12,086%. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 estava em 12,415%, ante 12,441% do ajuste anterior. O DI para 2029 marcava 12,88% no fechamento, ante 12,892% no ajuste anterior.

No meio da manhã desta terça-feira, Lula afirmou, durante entrevista à TV 247, que o anúncio do novo arcabouço fiscal ficará para depois de sua viagem à China. Ele estará no país asiático entre 26 e 31 de março. Na prática, o arcabouço ficou para abril.

Como a expectativa era de que o texto do arcabouço fosse detalhado esta semana, antes de Lula sair do país, a notícia do adiamento fez os agentes de mercado embutirem prêmios em toda a curva a termo.

"Este adiamento está gerando desconfiança entre os agentes econômicos. O receio é de que a proposta possa ter muita flexibilidade, como no controle de gastos”, comentou o estrategista-chefe do Banco Mizuho (NYSE:MFG), Luciano Rostagno.

Em paralelo, as preocupações em torno da inflação brasileira seguiam dando certo suporte às taxas de juros, com os investidores à espera das decisões de política monetária na quarta-feira, no Brasil e nos Estados Unidos.

No relatório Focus de segunda-feira, divulgado pelo BC, a mediana das expectativas para a inflação em 2024 acelerou de 4,02% para 4,11%.

Outro fator que contribuiu para o avanço dos juros são as falas de Lula contra o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Na entrevista desta terça-feira, Lula afirmou que manter a Selic (a taxa básica da economia) em 13,75% ao ano é uma “irresponsabilidade”. Além disso, disse que Campos Neto não se importa com a questão do emprego.

“As críticas de Lula ao BC ajudam a adicionar prêmios na curva. Quando você tem um governo tentando interferir na política monetária, isso gera preocupação entre os investidores”, avaliou Rostagno.

O avanço das taxas curtas dos DIs nesta terça-feira ocorreu a despeito de, no exterior, o ambiente estar mais favorável após governos e instituições atuarem para evitar o espalhamento da crise bancária.

No caso da ponta longa, a aceleração das bolsas de ações no exterior refletiu a percepção de que a crise bancária pode ter sido contida, o que abriu espaço para uma redução dos prêmios. O resultado foram os DIs mais longos com taxas levemente negativas no fim do dia.

No caso dos Treasuries, os retornos avançavam justamente com a percepção de que o risco de uma crise bancária global diminuiu.

Às 16:52 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- subia 13,20 pontos-base, a 3,6094%.

(Por Fabrício de Castro)

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