Por Julie Ingwersen
CHICAGO (Reuters) - O trigo negociado em Chicago avançou cerca de 3% nesta sexta-feira e registrou seu maior ganho semanal em seis anos, com as condições áridas para o cereal de primavera na América do Norte e o clima adverso na Europa e Rússia gerando preocupações quanto às ofertas globais.
Os contratos futuros da soja também avançaram, apoiados pela incerteza em relação ao clima para a safra dos Estados Unidos, enquanto os futuros do milho recuaram, diante de noções de que chuvas recentes podem ter reavivado as perspectivas de safra.
O contrato setembro do trigo fechou em alta de 20,50 centavos de dólar, a 6,9250 dólares por bushel.
A soja para novembro avançou 11,75 centavos, para 13,9175 dólares o bushel, e o vencimento dezembro do milho teve queda de 4,25 centavos, a 5,52 dólares/bushel.
O trigo acumulou alta de 12,6% na semana, registrando o maior avanço semanal do contrato mais ativo em Chicago desde junho de 2015.
Operadores focaram nas safras de trigo de primavera das Planícies do norte dos EUA e das Pradarias Canadenses, que têm lutado contra a seca --sendo que uma nova rodada de calor é esperada.
"As Grandes Planícies vão começar a queimar de novo na semana que vem. A safra de primavera está torrada", afirmou Jack Scoville, analista do Price Futures Group em Chicago.
Preocupações de oferta também emergiram da Rússia, maior exportadora de trigo do mundo, devido aos rendimentos abaixo da média no sul do país, importante região para os mercados de exportação.
(Reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)