Por Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levantou nesta quinta-feira a possibilidade de adiar a eleição presidencial de novembro, apesar de a data estar determinada na Constituição do país, o que provocou objeções imediatas dos democratas.
Não ficou claro se Trump falou sério, e tal medida exigiria uma ação do Congresso, que detém o poder de programar as eleições.
Sem provas, Trump repetiu suas alegações de fraude nas votações pelo correio e cogitou um adiamento ao escrever em sua conta no Twitter: "Adiar a votação até as pessoas poderem votar de forma apropriada, garantida e segura???"
Representantes da Casa Branca não responderam de imediato a um pedido de comentário.
Trump questiona a legitimidade da votação pelo correio, usada com muito mais frequência nas eleições primárias em meio à pandemia de coronavírus. Ele também fez alegações infundadas de que a votação será manipulada e se recusou a dizer se aceitaria os resultados oficiais caso seja derrotado.
Democratas, incluindo o candidato presidencial Joe Biden, já iniciaram preparativos para proteger os eleitores e a eleição devido ao temor de que Trump tente interferir com o pleito de 3 de novembro.
"Um presidente no cargo está espalhando mentiras e insinuando o adiamento da eleição para se manter no poder", disse o deputado democrata Dan Kildee no Twitter. "Não deixem acontecer. Todo americano --republicano, independente e democrata-- deveria estar se manifestando contra a ilegalidade e o desprezo completo deste presidente pela Constituição".
O senador democrata Tom Udall disse: "Não existe possibilidade de o presidente dos Estados Unidos adiar a eleição. Não deveríamos deixá-lo nos distrair de sua incompetência diante da #Covid19."