O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que todas as pautas econômicas que a equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs ao Congresso Nacional vão avançar ao longo de 2024. “Tudo vai andar”, declarou.
Haddad deu exemplo da regulamentação da Reforma Tributária, que espera ser aprovada na Câmara dos Deputados ainda no 1º semestre. O chefe da Fazenda falou em entrevista à CNN Brasil exibida nesta 4ª feira (27.mar.2024).
é mais difícil”, disse.
Para ele, os trabalhos da Fazenda em relação ao tema devem acelerar a tramitação das questões no Legislativo. Comentou que o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, trabalha com um time de mais de 200 pessoas para entregar uma proposta “muito mais mastigada” e de acordo com as necessidades dos Estados e municípios.
“Vamos gastar 1 mês a mais, mas vamos fazer com Estados e municípios para quando chegar no Congresso chega uma coisa muito mais mastigada. Tudo isso vai poupar tempo”, disse.
Como Haddad mesmo já falou anteriormente, o prazo acordado para o envio do projeto de lei complementar de regulamentação da Tributária será enviado para análise dos deputados e dos senadores até a metade de abril.
Questionado sobre a reforma do Imposto de Renda, ele se esquivou de dar respostas. Deixou a entender que isso não é um objetivo a curto prazo.
Segundo Haddad, o Ministério da Fazenda tem um contato próximo com o Congresso. Isso seria uma prática comum para as equipes econômicas.
O ministro reclamou, entretanto, de quando questões ideológicas atrapalham as negociações das pautas que precisam de análise do Legislativo. Ele disse ser prejudicial quando se “começa a colocar em risco o futuro do país por causa de uma disputa politica”.
Haddad buscou se posicionar como um articulador político durante sua entrevista. Disse que faz parte de seu perfil como ministro da Fazenda. “A política tem a técnica e tem a arte. Se você não tiver a arte, você não aprova”, declarou. Apesar disso, afirmou que as decisões finais são do Congresso e podem não ser “do gosto da Fazenda”.