BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia suspenderá o tratamento comercial e econômico privilegiado de Moscou, reprimirá o uso de criptoativos e proibirá exportações de bens de luxo do bloco para a Rússia e a importação de produtos de ferro e aço, disse a presidente da Comissão Europeia nesta sexta-feira.
As novas medidas, coordenadas com os Estados Unidos e outros aliados do G7, equivalem a um quarto conjunto de sanções contra Moscou por sua invasão à Ucrânia no mês passado.
"Amanhã, tomaremos um quarto pacote de medidas para isolar ainda mais a Rússia e drenar os recursos que ela usa para financiar essa guerra bárbara", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Junto com outros aliados ocidentais, que incluem os EUA, o bloco revogará o status comercial de "Nação mais Favorecida" dado à Rússia. Isso abre a porta para o bloco proibir ou impor tarifas punitivas sobre produtos russos e colocar o país no mesmo patamar que a Coreia do Norte ou o Irã.
Como primeiro passo, a UE proibirá as importações de bens do setor siderúrgico.
Von der Leyen disse, em um comunicado, que a UE está atuando para suspender os direitos da Rússia nas principais instituições multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, assegurando que o país não possa acessar crédito nessas entidades.
O principal diplomata do bloco, Josep Borrell, acrescentou mais tarde que estava apresentando propostas para incluir mais oligarcas, empresários e empresas russos na lista de restrições da UE.
A União Européia especificamente proibirá exportações para a Rússia de bens de luxo do bloco, o que foi concebido como um golpe contra as elites russas.
Por fim, a UE proibirá novos investimentos europeus no setor de energia da Rússia.
(Por Philip Blenkinsop, Sabine Siebold, Marine Strauss e Francesco Guarascio)