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Vendas de veículos novos no Brasil devem cair 40% em 2020, diz Anfavea

Publicado 05.06.2020, 10:03
Atualizado 05.06.2020, 12:25
© Reuters. (Blank Headline Received)

Por Alberto Alerigi Jr.

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas da indústria de veículos do Brasil devem voltar ao patamar de 2004 este ano, em meio a uma queda esperada de 40% gerada pelos impactos da pandemia de Covid-19, segundo dados informados nesta sexta-feira pela associação que representa o setor, Anfavea.

A entidade estimou que os licenciamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no país devem atingir 1,675 milhão de unidades este ano, praticamente metade do que o setor esperava vender no início do ano, antes da epidemia chegar ao Brasil em março.

"Olhando o cenário de queda de 40% isso indica que o congelamento dos investimentos das empresas possa ser mais intenso, porque não estamos vendo quando ocorrerá uma recuperação substancial dos mercados interno e de exportação", disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, em apresentação online da entidade.

O volume de vendas projetado pela entidade toma como base um cenário em que o Produto Interno Bruto do Brasil vai cair entre 7% e 7,5% neste ano e um patamar de Selic de 2,25%.

Do total estimado, a entidade espera que as vendas de carros e comercias leves somem 1,6 milhão de unidades enquanto os emplacamentos de caminhões devem atingir 65 mil veículos e os de ônibus 10 mil. Bem longe dos 120 mil caminhões e 23 mil ônibus projetados no início do ano.

Segundo Moraes, a Anfavea não fez estimativas para produção do setor, uma vez que as fábricas do país estão retornando em datas e em velocidades diferentes ao trabalho, em meio à aplicação de uma série de novos protocolos sanitários e de higiene para uma operação considerada segura contra contágio pelo novo coronavírus. Ele afirmou que apenas sete fábricas de automóveis voltaram a operar em maio e o restante voltará apenas neste mês.

Em maio, a produção somou 43 mil veículos, um salto ante os apenas 1.800 montados em abril, mas isso representa uma queda de 84% em relação ao que o setor fabricou no mesmo período de 2019. Já os licenciamentos, subiram 11,6% ante abril, para 62 mil veículos, mas despencaram quase 75% sobre maio do ano passado.

Moraes deu indicações de que as vendas estão melhorando desde abril, em meio a reaberturas de alguns Estados e municípios e retomada de trabalho de departamentos de trânsito responsáveis pelos emplacamentos, mas esta recuperação ainda segue bem lenta.

A média de licenciamentos por dia útil em abril tinha sido de apenas 2 mil unidades no país inteiro e esse volume passou a 3 mil em maio e a primeira semana de junho registra 4 mil. Porém, um ano antes, a média era de mais de 10 mil unidades por dia útil.

"Ainda vamos ter um mês muito difícil (em junho) e o segundo trimestre vai ser muito dramático", disse Moraes. "Podemos ter um terceiro trimestre em um patamar melhor e o quarto trimestre ainda melhor", uma vez que mercados importantes, como São Paulo, decidiram retomar atividades neste mês, acrescentou.

APOIO DE BANCOS

Moraes afirmou que o setor conseguiu aceno do Banco Central para que os bancos de montadoras também possam acessar linha de crédito para financiamento de suas redes de concessionárias e vendas de veículos. Segundo ele, "nas próximas semanas", alguns dos bancos de montadoras já terão acesso ao instrumento.

© Reuters. (Blank Headline Received)

Ele comentou ainda que houve avanços na discussão do setor para utilização de cerca de 25 bilhões de reais em créditos tributários acumulados e retidos pela União. As montadoras discutem há meses com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e bancos privados empréstimos para reforçarem suas posições de capital e querem usar os créditos acumulados como garantia.

Em meados de maio, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou que a possibilidade de uso desses créditos como garantia dependia do Ministério da Economia.

"Houve um avanço importante, estamos começando a discutir como monetizar os créditos tributários", disse o presidente da Anfavea sem dar mais detalhes.

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