Por Andrea Shalal
DUBLIN (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta segunda-feira não considerar que a economia norte-americana está superaquecendo e que, embora a inflação esteja mais alta do que nos últimos anos, isso está relacionado à interrupção das cadeias de abastecimento no contexto da pandemia de Covid-19.
Dados da semana passada mostraram que os gastos do consumidor nos EUA aumentaram de forma sólida em setembro, o que, juntamente com a queda das infecções por Covid-19 e a recuperação da confiança do consumidor, é um bom presságio para uma recuperação da atividade econômica no último trimestre.
Embora as pressões inflacionárias estejam se ampliando, Yellen reiterou acreditar que os aumentos de preços são transitórios.
"Eu não diria que a economia dos EUA está superaquecendo, ainda estamos com cinco milhões de empregos abaixo de onde estávamos antes da pandemia e a participação da força de trabalho diminuiu e as razões estão relacionadas à pandemia", disse Yellen em coletiva de imprensa em Dublin.
Yellen previu que as restrições de oferta de trabalho e gargalos de oferta diminuirão à medida que a pandemia ficar sob controle, observando que um aumento na demanda por bens duráveis nos EUA ocorreu em um momento em que era difícil obter alguns desses bens.
"Acredito que, à medida que superarmos a pandemia, essas pressões diminuem e, nesse sentido, acredito que a inflação é transitória, e não temos uma economia que está superaquecendo no longo prazo."