🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Ômicron pode causar 'problemas significativos' para a economia global, diz Yellen

Publicado 02.12.2021, 11:58
Atualizado 02.12.2021, 14:20
© Reuters. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, faz uma pausa enquanto fala perante uma audiência híbrida no Comitê Bancário do Senado sobre a supervisão do Departamento do Tesouro e do Federal Reserve. No Capitólio, Washington, EUA, 30 de novembro de 2021.

Por Alessandra Galloni

WASHINGTON (Reuters) - A variante Ômicron da Covid-19 pode desacelerar o ritmo do crescimento econômico global ao intensificar problemas na cadeia de abastecimento e diminuir a demanda, disse a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, na conferência Reuters Next nesta quinta-feira.

Yellen citou uma grande incerteza sobre o impacto da nova cepa, detectada pela primeira vez na África do Sul, devido à severa desaceleração econômica dos EUA causada pelo surgimento da variante Delta da Covid-19 no início deste ano.

"Com sorte, não é algo que irá atrasar o crescimento econômico significativamente", disse Yellen, acrescentando: "Há muita incerteza, mas isso pode causar problemas significativos. Ainda estamos avaliando isso."

Segundo, Yellen a nova cepa do coronavírus pode exacerbar os problemas da cadeia de abastecimento e alimentar a inflação, mas também pode deprimir a demanda e causar um crescimento econômico mais lento, o que aliviaria algumas das pressões inflacionárias.

A ex-chefe do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) disse na conferência global virtual que está pronta para deixar de usar a palavra "transitória" para descrever o estado atual da inflação que assola a recuperação diante da pandemia de Covid-19 nos EUA, uma quase repetição dos comentários feitos pelo chair do Fed, Jerome Powell, anteriormente nesta semana.

"Estou pronta para aposentar a palavra 'transitória'. Posso concordar que essa não é uma descrição adequada do que estamos enfrentando", afirmou Yellen.

Powell disse a parlamentares nesta semana que o termo tem significados distintos para pessoas diferentes, o que pode causar alguma confusão, e é um bom momento para explicar mais claramente o que significa.

ECONOMIA FORTE

Yellen insistiu que os gastos com estímulos do governo Biden no início deste ano não foram o principal impulsionador da alta dos preços ao consumidor, que subiram à taxa mais acentuada em 31 anos em outubro, ritmo de duas vezes a meta de inflação flexível do Fed de 2% ao ano.

Ela atribuiu a alta dos preços, principalmente, aos problemas da cadeia de abastecimento e ao descompasso entre a oferta e a demanda.

Yellen disse que o plano de gastos de 1,9 trilhão de dólares aprovado pelo Congresso no início deste ano ajudou norte-americanos em situação de vulnerabilidade ​​a superar o pior da pandemia e alimentou a forte economia dos EUA.

Embora possa ter contribuído para a inflação "um pouco", ela afirmou que o aumento foi resultado, em grande parte, da pandemia e da grande transição no consumo de serviços para bens.

Ela disse que o Fed deve monitorar o aumento dos salários para evitar o tipo de "espiral salário-preços" prejudicial e duradoura vista na década de 1970.

Yellen, que liderou o Fed de 2014 a 2018, afirmou que cabe ao banco central dos EUA decidir o que fazer com os juros, mas frisou que uma forte economia norte-americana, que provavelmente levará a aumentos nos custos dos empréstimos, é geralmente uma coisa boa para o resto do mundo.

A administração do presidente Joe Biden tem trabalhado em estreita colaboração com o setor privado para conter os aumentos de preços, disse Yellen ao citar esforços para acelerar o carregamento de contêineres nos portos e encorajar a produção doméstica de semicondutores.

© Reuters. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, faz uma pausa enquanto fala perante uma audiência híbrida no Comitê Bancário do Senado sobre a supervisão do Departamento do Tesouro e do Federal Reserve. No Capitólio, Washington, EUA, 30 de novembro de 2021. REUTERS/Elizabeth Frantz

Segundo ela, reduzir as tarifas da era Trump sobre produtos importados da China por meio de um revivido processo de exclusão poderia ajudar a aliviar algumas pressões inflacionárias, mas não causaria uma mudança muito significativa.

Para acompanhar Reuters  Next: https://reutersevents.com/events/next

(Por Alessandra Galloni, reportagem adicional de David Lawder, Andrea Shalal e Daniel Burns)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.