A Zetta, associação das empresas de tecnologia de serviços financeiros digitais, disse, em nota, que acompanha de perto as discussões sobre o rotativo do cartão de crédito. Hoje, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a solução se encaminha para o fim do rotativo. Assim, as faturas não pagas do cartão iriam direto para o parcelado com juros, com taxa de cerca de 9% ao mês (cerca de 181% ao ano).
"A Zetta vai contribuir para o debate técnico, sempre objetivando o aumento da competição, a democratização do acesso aos serviços financeiros e a inclusão financeira."
Em junho, a taxa do parcelado com juros era de 196,1% ao ano. Campos Neto ainda disse que deve haver alguma cobrança de taxa para desincentivar o parcelado sem juros "longo". "Não é proibir o parcelamento sem juros, é simplesmente tentar fazer com que fique um pouco mais disciplinado, de forma bem faseada, para não afetar o consumo. Hoje, o pagamento em cartão representa 40% do consumo", disse.
Conforme mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) já haveria um acordo no grupo de trabalho formado por Banco Central, Ministério da Fazenda e os bancos para acabar com o rotativo, o que seria via decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) no prazo de 90 dias. Mas exigiria também um compromisso dos bancos, com uma autorregulação que contribuísse efetivamente para a queda de juros no parcelado, para onde migrariam as dívidas do cartão.