Por Gabriel Codas
Investing.com - A Eneva (SA:ENEV3) dá sinais de que não desistiu de combinar os negócios com a AES Tietê, após ter sua oferta negada. A estratégia agora é apresentar ao BNDES uma proposta para a aquisição do banco na elétrica, que é de cerca de 28%, sendo que 14% das ações ordinárias e 37% das preferenciais. As informações são do blog do jornalista Lauro Jardim, do O Globo.
Desta forma, por volta das 13h10, os ativos da Eneva somavam 1,69% a R$ 5237 e os da AES Tietê 1,11% a R$ 17,31.
No entanto, a disputa deve ser longa. O colunista informa ainda que a AES Tietê informou a interlocutores do mercado que está se preparando para a guerra, uma vez que não está disposta a aceitar, sem uma boa briga judicial, que a Eneva tente novamente fundir-se com a empresa.
O jornalista cita uma frase que teria sido dita por um dos representantes da AES: “Sabe a Primeira Guerra Mundial? Demorou quatro anos, né? Pois a Eneva que se prepare para uma guerra longa. Não aceitamos a fusão”.
Em abril, AES Tietê informou que seu conselho de administração decidiu por unanimidade rejeitar uma proposta hostil da Eneva para combinação dos negócios das companhias, avaliada em cerca de R$ 6,6 bilhões.
A Eneva apresentou em 1° de março uma oferta hostil para fusão com a AES Tietê, em negócio que envolveria pagamento de 2,75 bilhões de reais em dinheiro e o restante em ações.
Uma combinação entre a AES Tietê, que opera hidrelétricas e parques eólicos e solares, com a Eneva, com usinas de geração a gás e carvão, criaria uma gigante no setor de geração com ativos complementares.
Mas a AES Tietê disse que os conselheiros entenderam que termos e condições da oferta eram "inadequados ao melhor interesse da companhia e do conjunto dos seus acionistas, tendo em vista, principalmente, a incompatibilidade existente entre os negócios e estratégias" das empresas.