Johanesburgo, 4 mar (EFE).- As autoridades sul-africanas investigam o patrimônio ligado ao presidente da Líbia, Muammar Kadafi, no país, que inclui imóveis no centro de negócios mais caro da África do Sul e hotéis na orla da Cidade do Cabo, segundo publica nesta sexta-feira a versão digital do periódico "Mail & Guardian".
A família Kadafi e os membros de seu Governo investiram na África do Sul através da companhia Libya Arab African Investment Company (Laaico), propriedade da sociedade estatal Libya África Invest, que é presidida por Baghdadi Mahmudi, primeiro-ministro líbio e segundo homem mais rico do país africano, detalha o diário.
O conglomerado empresarial Laaico possui importantes investimentos nos setores imobiliário, turístico e de lazer através de sua participação de 100% na holding Ensemble Hotel, proprietário do hotel de luxo Michelangelo em Sandton, o centro de negócios mais caro de todo o continente africano.
A Esemble Hotel conta também com ações na holding Legacy Hotel, que possui propriedades na exclusiva região de Sandton, dois hotéis na orla da Cidade do Cabo e uma dezena de estabelecimentos em todo o país.
O Conselho de Segurança da ONU emitiu uma resolução unânime solicitando o congelamento dos bens do presidente líbio e "de todos os membros de seu Governo, incluindo todos os fundos, ativos financeiros e recursos econômicos no estrangeiro".
Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália foram além e estenderam o bloqueio às contas do Estado líbio, a fim de evitar o acesso de Kadafi a este patrimônio.
O Governo sul-africano, no entanto, expressou que "só irá atrás dos bens especificados pela ONU". EFE