Cairo, 23 jun (EFE).- O conglomerado de grupos terroristas Estado
Islâmico do Iraque, liderado pela Al Qaeda, assumiu a autoria do
atentado do último dia 20 contra o Banco Comercial iraquiano em
Bagdá, ação que causou 26 mortes e deixou 53 feridos.
Segundo um comunicado desta coalizão, que recentemente atentou
contra outro banco da capital iraquiana, o ataque foi realizado por
dois suicidas que a organização chama de "Mártires" e "Cavalheiros".
Após passar por vários postos de controle, o primeiro suicida
detonou o carro-bomba que conduzia enquanto o outro entrou na sala
principal do banco e detonou uma bomba, segundo o texto.
"Com a bondade de Alá, a maioria das plantas do edifício foram
destruídas, e a maioria dos dirigentes bancários e membros da
Segurança que se encarregavam da proteção foram mortos", diz a nota
publicada nesta quarta-feira em várias páginas islamitas na
internet.
A coalizão explica que o alvo de seu atentado desta vez foi o
banco "estabelecido pelos Cruzados com o começo da ocupação para que
fosse o principal responsável por guardar os fundos financeiros para
os sucessivos Governos" do país.
Além disso, descreve o banco como "a sede das grandes práticas
bancárias relacionadas com o roubo das riquezas petrolíferas do
país".
A organização ainda acusa o Governo de Bagdá e os partidos
políticos de se apropriarem indevidamente das transferências
estrangeiras destinadas a investir no Iraque e de utilizar este
dinheiro para financiar as milícias.
O Estado Islâmico do Iraque assumiu no último dia 17 a autoria de
outro atentado, realizado no dia 13 contra outra instituição
financeira, o Banco Central do Iraque, no qual morreram pelo menos
15 pessoas.
Em julho de 2009, o então governador do Banco Central iraquiano,
Sinan al Shabibi, saiu ileso de uma tentativa de assassinato em um
atentado a bomba em Bagdá. EFE