Berlim, 4 mai (EFE).- O ministro das Finanças alemão, Wolfgang
Shäuble, anunciou hoje que os bancos privados alemães aderiram à
iniciativa da União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional
(FMI) para ajudar à Grécia a sair da crise.
Acompanhado pelo presidente do Deutsche Bank, Josef Ackermann,
Schäuble não ofereceu números concretos, mas destacou a disposição
dos bancos de abrir linhas de créditos aos bancos gregos e fazer
também empréstimos para a Grécia.
Ao término de uma reunião com altos representantes dos bancos
privados alemães, o ministro ressaltou a predisposição dessas
entidades de conceder créditos ao país.
Ackermann ressaltou que a contribuição dos bancos alemães à
recuperação da Grécia é um sinal importante para os países da zona
do euro e a economia mundial.
"É importante que agora apaguemos esta casa em chamas. Não é o
momento de discutir sobre os erros de construção, mas de apagar o
incêndio", disse o presidente do Deutsche Bank.
"Nossa contribuição é um sinal importante para a zona do euro e
para a economia mundial, pois mostra que confiamos no programa de
ajuste", acrescentou.
Ackermann se mostrou convencido que o setor financeiro fora da
Alemanha também fará sua contribuição forneça à salvação da Grécia.
O presidente do Deutsche Bank disse que não podia precisar o
valor da ajuda, mas a maior parte será realizada através da
manutenção do crédito e da ampliação de prazos para cobrir
obrigações pendentes.
"Em todo caso, trata-se de somas relevantes", disse Ackermann.
Na reunião de Schäuble com os bancos alemães também esteve
presente o presidente do Bundesbank, Axel Weber. EFE