Por Daniel Trotta
HAVANA (Reuters) - A delegação de mais alto nível dos Estados Unidos a viajar para Cuba em 35 anos começa nesta quarta-feira conversações com autoridades cubanas em busca de restaurar os laços diplomáticos e, eventualmente, normalizar as relações entre os dois adversários que ainda têm hostilidades do tempo da Guerra Fria.
As reuniões de dois dias serão as primeiras desde que o presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente cubano, Raúl Castro, anunciaram em 17 de dezembro que tinham chegado a um acordo histórico após 18 meses de negociações secretas.
Obama colocou os EUA a caminho de remover sanções econômicas e o embargo comercial de 53 anos de Washington contra a ilha de regime comunista. Na terça-feira, no discurso anual do Estado da União, o presidente disse ao Congresso que os EUA estão "acabando com uma política que já passou há bastante tempo do prazo de validade".
As conversas vão se concentrar na imigração nesta quarta-feira e na quinta passarão ao tema da restauração dos laços diplomáticos.
Os dois lados também devem apresentar suas metas de longo prazo. Enquanto Cuba vai buscar o fim do embargo e pedir para ser retirada da lista dos EUA de Estados patrocinadores do terrorismo, os norte-americanos vão pressionar o país de partido único a ampliar os direitos humanos.
A delegação dos EUA será liderada por Roberta Jacobson, a principal diplomata dos EUA para a América Latina e a primeira secretária-assistente de Estado a visitar Cuba em 38 anos. Uma autoridades dos EUA de cargo similar visitou Cuba 35 anos atrás.
A equipe cubana será liderada por Josefina Vidal, principal diplomata para assuntos sobre os EUA do Ministério de Relações Exteriores.