Por Aung Hla Tun e Timothy Mclaughlin
YANGUN (Reuters) - A líder pró-democracia em Mianmar Aung San Suu Kyi, que se aproximava nesta quarta-feira de obter maioria absoluta no Parlamento, requisitou uma reunião com o presidente e o poderoso chefe militar do país para discutir a reconciliação nacional.
A oposicionista Liga Nacional para a Democracia (LND), de Suu Kyi, conquistou mais de 90 por cento dos assentos declarados até agora na câmara baixa e está bem à frente na apuração para a câmara alta e assembleias regionais.
Se os resultados finais confirmarem a tendência, o triunfo de Suu Kyi vai varrer do poder uma velha guarda de ex-generais que comandam Mianmar desde que a junta militar entregou o poder ao governo semicivil do presidente Thein Sein, em 2011.
As Forças Armadas continuam a exercer um poder considerável nas instituições políticas de Mianmar, consagrado na Constituição elaborada antes do fim de quase 50 anos de governo militar. Não está claro como Suu Kyi e os generais vão trabalhar juntos.
Em cartas ao comandante-chefe e presidente datada de 10 de novembro, que a LND divulgou para a mídia nesta quarta-feira, Suu Kyi pediu reuniões dentro de uma semana para discutir os termos da "reconciliação nacional".
"É muito importante para a dignidade do país e para trazer a paz de espírito para as pessoas", disse Suu Kyi na carta.
O ministro da Informação e porta-voz presidencial, Ye Htut, afirmou em sua página no Facebook: "Em resposta à carta de Aung San Suu Kyi, o presidente esta manhã lhe respondeu que a reunião seria coordenado quando a tarefa da Comissão Eleitoral da União for concluída."
(Reportagem adicional de Hnin Yadana Zaw e Antoni Slodkowski)