Investing.com - Os contratos futuros de petróleo caíram nas negociações europeias desta segunda-feira, uma vez que uma forte alta na cobertura de vendas a descoberto – que resultou no aumento dos preços para uma alta de quase duas semanas na sessão anterior – diminuiu.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em abril caíram 52 centavos, ou 1,57%, e foram negociados a US$ 32,33 por barril, às 08h05min. GMT, ou 03h05min. ET.
Os futuros de Brent negociados em Londress subiram quase US$ 3, ou 10%, na sexta-feira, uma vez que as expectativas de um novo estímulo por parte dos bancos centrais da Europa e Japão fizeram que os operadores encerrassem suas apostas em preços mais baixos, um movimento conhecido como cobertura de venda a descoberto.
Na semana passada, os futuros de petróleo Brent ganharam US$ 3,45, ou 11,2%, saindo de três semanas de perdas. Apesar dos ganhos recentes, os preços do Brent ainda estão em queda de quase 13% desde o início do ano.
O Brent despencou para US$ 27,10 no dia 20 de janeiro, um nível não visto desde outubro de 2003, uma vez que as atuais preocupações com a perspectiva econômica da China somaram-se à visão de que um excesso na oferta mundial pode durar mais tempo do que o previsto.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em março caiu 32 centavos, ou 1,01%, e foi negociado a US$ 31,86 por barril. Na sexta-feira, os preços da Nymex saltaram US$ 2,66, ou 9,01%. Os analistas de mercado viram a onda como uma clássica recuperação rápidadas condições de sobrevenda.
Na semana passada, os futuros de petróleo negociados em Nova York subiram US$ 2,99, ou 9,42% – a primeira semana de ganhos em um mês. O petróleo referência dos EUA ainda está em queda de quase 14% este mês, em meio às atuais preocupações com um excesso na oferta mundial.
Os futuros de petróleo dos EUA ficaram na semana passada abaixo de US$ 27 por barril, uma baixa não vista setembro de 2003, porque os investidores ficaram preocupados com o fato de que um enorme excesso de oferta no petróleo bruto está coincidindo com uma desaceleração econômica, especialmente na China.
A China é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo depois dos EUA e tem sido o a força propulsora do fortalecimento da demanda.
A produção mundial de petróleo está superando a demanda após um crescimento na produção de óleo de xisto nos EUA e após a decisão tomada no ano passado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de não reduzir a produção, a fim de defender a sua quota de mercado.
O problema de excesso de oferta será agravado ainda mais porque o Irã planeja retornar ao mercado mundial de petróleo após as sanções impostas pelo Ocidente terem sido suspensas no início do mês. Os analistas dizem que o país poderia rapidamente aumentar a produção em cerca de 500.000 barris.
O aumento nas exportações do Irã é visto como negativo para o petróleo, que caiu cerca de 75% desde o pico de US$ 115 há cerca de dois anos, em meio a um excesso de oferta nos mercados em todo o mundo.
A maioria dos analistas de mercado espera que o excesso mundial piore nos próximos meses devido ao aumento da produção na América do Norte, Arábia Saudita e Rússia.
Enquanto isso, a diferença do contrato de Brent em relação ao do West Texas Intermediate (WTI) ficou em 47 centavos, em comparação com uma diferença de 1 centavo no fechamento do pregão da sexta-feira.