SÃO PAULO (Reuters) - A Fibria (SA:FIBR3) disse nesta quinta-feira que o movimento de pressão de clientes chineses para queda dos preços da celulose iniciado em outubro passado não tem suporte nos fundamentos do mercado, depois de ter reduzido sua exposição à Ásia durante o último trimestre.
O diretor comercial e de logística internacional da Fibria, Henri Philippe van Keer, afirmou em teleconferência que o movimento dos clientes foi suportado pelo uso de estoques e pela substituição de fibra curta por fibra longa, mas que continua vendo boa demanda por celulose, pois não enxerga redução na produção de papel na China.
"A gente não acredita que a redução de volume (de celulose vendida) na China seja sustentável", afirmou.
Sem aceitar as vendas a menores preços, a Fibria aumentou o direcionamento de volumes de produção para a Europa e Estados Unidos. "Os descontos (na Europa e Estados Unidos) são maiores, mas são menos do que se a gente tivesse vendido mais para a Ásia", afirmou van Keer.
(Por Priscila Jordão)