La Paz, 10 dez (EFE).- O embaixador do Brasil em La Paz,
Frederico Cézar de Araújo, atribuiu hoje à crise econômica mundial
as oscilações na compra que seu país faz do gás natural boliviano.
Em declarações à imprensa, Araújo admitiu que a crise
internacional iniciada em outubro de 2008 afetou o Brasil, que teve
que rever o volume de gás natural comprado.
No entanto, o embaixador afirmou que esta quantidade voltará a
subir, uma vez que o Brasil está se recuperando da crise. Porém,
lembrou o funcionário, o volume não passará de 31 milhões de metros
cúbicos diários, que é o máximo estipulado no contrato de compra e
venda entre ambos os países.
A última queda nas exportações do gás boliviano ao Brasil
aconteceu este mês. Em 1º de dezembro, 25,7 milhões de metros
cúbicos diários chegavam ao território brasileiro. No começo desta
semana, a quantidade caiu para 20,13 milhões.
A demanda do Brasil pelo gás boliviano registrou várias
oscilações este ano, o que levou o presidente da Bolívia, Evo
Morales, a cogitar a possibilidade de modificar o contrato entre os
dois países para destinar a outros mercados o excedente não
consumido.
Em resposta, o Executivo brasileiro reiterou que respeitará os
volumes de compra do gás natural boliviano estabelecidos no contrato
e garantiu que a demanda pelo insumo não será afetada pelas
descobertas de novas jazidas de petróleo no Brasil. EFE