Washington, 28 abr (EFE).- As autoridades dos Estados Unidos, sob
a pressão da ameaça de um desastre ecológico iminente devido a
enorme quantidade de petróleo vertido no Golfo do México devido a
explosão de uma plataforma petrolífera, começaram hoje a queimar
porções da mancha de óleo para evitar sua chegada à costa do estado
da Louisiana.
As autoridades disseram que embora as tentativas de conter a
mancha sigam noite adentro, os resultados serão conhecidos apenas
amanhã.
A decisão de submeter a mancha a pequenos incêndios controlados
foi tomada apesar da contaminação que gerará no ar.
O objetivo, segundo a chefe da Guarda Litorânea dos EUA, Mary
Landry, é evitar que a mancha, do tamanho da Jamaica, afete a costa
do estado da Louisiana.
Na entrevista coletiva, as autoridades detalharam como será feita
a delicada operação de combustão que, apesar de não eliminar
totalmente o óleo derramado no dia 20 de abril, ao menos reduzirá o
tamanho da mancha, que tem 170 quilômetros de comprimento por 70 de
largura.
Antes de começar os incêndios, será criada uma enorme balsa de
petróleo com uma barreira resistente ao fogo de 150 metros, e com
ela se arrastará o combustível mar adentro, longe do litoral.
Ali, se provocarão pequenos fogos controlados, de hora em hora,
aproximadamente, com o que se espera eliminar milhares de litros de
petróleo.
As autoridades afirmam que o fogo não afetará zonas habitadas e
espera-se que não tenha impacto na vida marinha, especialmente em
espécies mamíferas e na colônia de tartarugas de mar.
O Governo do presidente Barack Obama anunciou ontem o lançamento
de uma investigação exaustiva sobre as causas da explosão, que
causou feridas graves em três trabalhadores e deixou outros 11
desaparecidos.
Os responsáveis da investigação, ordenada pelo secretário do
Interior dos EUA, Ken Salazar, e a secretária de Segurança Nacional,
Janet Napolitano, terão competências para emitir citações, celebrar
audiências públicas e exigir o comparecimento de testemunhas. EFE