Santiago do Chile, 30 abr (EFE).- O Chile teve no primeiro
trimestre deste ano um déficit fiscal de 0,04% do Produto Interno
Bruto (PIB), equivalente a US$ 42 bilhões de pesos (cerca de US$
81,3 milhões), informaram hoje fontes oficiais.
O resultado se explica por uma maior despesa associada às medidas
de emergência dispostas para enfrentar as consequências do terremoto
do dia 27 de fevereiro, disse Rossana Costa, diretora de Orçamentos,
ao divulgar os dados.
Advertiu, também, que as finanças públicas do primeiro trimestre
não conseguiram refletir em toda sua magnitude os efeitos do
terremoto de 8,8 graus e posterior maremoto que devastaram várias
regiões do centro e sul do país na data indicada.
"Os efeitos serão observados majoritariamente na execução
orçamentária dos trimestres seguintes", acrescentou a funcionária.
As autoridades projetavam, inclusive antes do terremoto, um
déficit efetivo equivalente a 1,3% do PIB em 2010 e um déficit
estrutural em torno de 1,2% do produto, sobre a base da evolução das
despesas e das receitas.
No ano passado, o Chile registrou déficit de 4,5% do PIB,
equivalente a cerca de US$ 8,085 bilhões, devido às despesas
extraordinárias em que incorreu o Governo da presidente Michelle
Bachelet para enfrentar os efeitos da crise financeira mundial.
O número resultou maior que a projeção oficial, que apontava um
déficit de 4,1% do PIB.
Por outro lado, no fechamento do primeiro trimestre deste ano, os
recursos acumulados no fundo de Estabilização Econômica e Social
(FEES), no fundo de Reserva de Pensões (FRP) e em outros ativos do
Tesouro Publico totalizaram US$ 16,557 bilhões. EFE