La Paz, 17 mai (EFE).- O governador reeleito no departamento de
Santa Cruz na Bolívia, o opositor Rubén Costas, afirmou hoje que
máfias de narcotráfico da Rússia, Colômbia e Brasil se instalaram na
região, posição rejeitada pela Polícia.
Costas fez a denúncia ao comentar um suposto "acerto de contas"
entre grupos de narcotraficantes com a participação de policiais que
aconteceu na sexta-feira passada em um povoado de Santa Cruz onde
pistoleiros assassinaram três sérvios e três bolivianos e
seqüestraram um suposto líder narcotraficante da Bolívia.
"Uma multinacional da delinquência e da máfia está chegando a
Santa Cruz. Máfias internacionais estão se radicando em Santa Cruz -
máfias russas, colombianas, brasileiras", afirmou o governador, que
assume no dia 30 de maio.
Costas acusou o presidente Evo Morales, dirigente dos sindicatos
de produtores de coca de Cochabamba, de ser "cúmplice" no auge do
narcotráfico ao permitir o crescimento das plantações de coca,
matéria-prima para a produção de cocaína.
"Se as máfias internacionais estão se posicionando em Santa Cruz
é porque o narcotráfico está em seu auge e isto tem a cumplicidade
do Governo nacional", sustentou Costas.
Uma fonte diplomática disse hoje à agência Efe que, além dos
narcotraficantes colombianos, brasileiros e russos citados por
Costas, há indícios de cartéis do México operando na Bolívia.
A Polícia boliviana expropriou neste ano mais de 13,2 toneladas
de cocaína e cerca de 400 toneladas de maconha.