Viena, 14 jun (EFE).- A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu nesta quinta-feira em Viena manter sua cota conjunta de produção de petróleo de 30 milhões de barris diários (mbd), disse um representante que pediu anonimato.
"Tudo ficará como está", afirmou um delegado que pediu anonimato, confirmando assim a decisão dos ministros da Opep durante uma conferência a portas fechadas que está em andamento nesta quinta-feira em Viena e que deverá ratificar o acordo.
Ainda falta, portanto, a confirmação oficial da decisão. Mas, já no início do encontro, vários ministros se mostraram favoráveis a deixar as cotas inalteráveis.
"A maioria de nós apoia manter os 30 mbd, embora os grandes produtores estejam um pouco tendentes a elevar a produção", declarou por sua vez o ministro de Recursos Naturais Não Renováveis do Equador, Wilson Pástor.
Alguns dos países que se mostraram abertamente favoráveis a manter o atual teto de produção foram Irã, Kuwait e Emirados Árabes Unidos. "Achamos que os 30 mbd podem satisfazer o mercado", indicou o ministro de Petróleo iraniano, Rostam Ghasemi.
A maioria dos membros da Opep entende que o mercado do petróleo está sobreabastecido. Enquanto o Equador cifrou os excedentes de oferta entre 1,6 e 1,8 mbd, a Venezuela considera que há estoques de 2,8 mbd.
Vários ministros expressaram temor de que a crise europeia arraste a conjuntura mundial para baixo e, com isso, os preços. Nessa linha, algumas delegações, como as da Venezuela e do Irã, reconheceram que não se pode descartar uma reunião extraordinária da Opep se o preço do petróleo cair em excesso. Elas concordam em defender um preço aproximado de US$ 100 por barril. EFE