Tóquio, 14 out (EFE).- O vice-presidente do Banco Popular da China, Yi Gang, assegurou hoje em Tóquio que os bancos chineses na sombra, que segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI) requer uma estreita supervisão, estão ainda em uma etapa "muito inicial".
Em uma conferência na capital japonesa, o número dois do Banco Central chinês considerou que estes bancos não regulados são "um problema pequeno", embora o FMI tenha advertido durante sua assembleia que eles trazem sérios riscos e devem ser supervisionados com firmeza.
Este sistema paralelo de créditos concede às empresas maior acesso ao financiamento, mas ao mesmo tempo complica a regulação e, segundo o organismo presidido por Christine Lagarde, representam uma parte cada vez maior do Produto Interno Bruto (PIB) chinês.
Yi participou da assembleia do FMI e do BM em substituição do governador do Banco Popular, Zhou Xiaochuan, que faltou à reunião em uma decisão atribuída à disputa que China e Japão mantêm pela soberania das ilhas Senkaku/Diaoyu.
Esta ausência, junto com a do ministro das Finanças, Xie Xuren, foi lamentada por Tóquio, enquanto Lagarde pediu que ambos os países resolvam suas diferenças territoriais de maneira "harmoniosa".
Hoje, em um dia de seminários que finalizam a assembleia dos organismos, Yi repassou a política monetária chinesa nos últimos dez anos e insistiu em várias ocasiões em que a prioridade do Banco Popular é "controlar a inflação".
Também enumerou outros desafios como o de criar emprego suficiente e tentar manter o equilíbrio de seu balanço de pagamentos, ao mesmo tempo em que destacou os avanços conseguidos no sistema bancário chinês, afirmando que ao contrário do que ocorria no final da década de 1990, agora se encontra "em boa forma".
Segundo as previsões publicadas esta semana pelo FMI, a economia chinesa crescerá este ano 7,8%, dois décimos abaixo do previsto em abril. EFE