CARACAS (Reuters) - A Suprema Corte da Venezuela, pró-governo, proibiu na noite de quinta-feira a coalizão de oposição de se registrar para a eleição presidencial deste ano, possivelmente fragmentando os adversários do presidente Nicolás Maduro, ao forçar os partidos políticos a apresentarem candidatos separados.
A decisão da corte foi apenas o último golpe contra a oposição, que busca derrubar o impopular presidente de esquerda Nicolás Maduro em meio a uma intensa crise econômica.
Os líderes mais populares da oposição, como Leopoldo López e Henrique Capriles, estão proibidos de participar da eleição, que deve acontecer antes do dia 30 de abril. Alguns estão presos, outros estão em exílio ou banidos da política.
A coalizão planejava realizar primárias para escolher um candidato conjunto. Entretanto, a decisão de quinta-feira determinou que a coalizão violou o princípio de impedir a "afiliação dupla" na política e, portanto, não poderia ser validada.
(Reportagem de Alexandra Ulmer e Corina Pons)