Por Dustin Volz e David Ingram
WASHINGTON/SAN FRANCISCO (Reuters) - O Facebook disse ao Congresso dos Estados Unidos que russos criaram 129 eventos na rede sociais durante a campanha eleitoral dos EUA de 2016, esclarecendo mais detalhes sobre a suposta ação de desinformação da Rússia dirigida aos eleitores norte-americanos.
A empresa, em uma declaração escrita aos legisladores dos EUA divulgada na quinta-feira e datada de 8 de janeiro, disse que 338.300 contas diferentes do Facebook visualizaram os eventos e que 62.500 confirmaram presença. A empresa disse que não tinha dados sobre qual dos eventos aconteceu.
Cópias das páginas desses eventos que surgiram desde então mostram que pelo menos alguns deles eram comícios políticos centrados em assuntos polêmicos, como a questão da imigração.
A Rússia nega as conclusões das agências de inteligência dos EUA de que tentou interferir na democracia norte-americana.
O Facebook já disse anteriormente que cerca de 126 milhões de norte-americanos podem ter visto conteúdo político financiado por russos no Facebook durante um período de dois anos, e que 16 milhões podem ter sido expostos à informações russas no Instagram.
Facebook, Twitter e Google, da Alphabet, testemunharam sobre o mau uso de seus serviços para três comitês do Congresso dos EUA em outubro e novembro.
Também em sua resposta escrita às perguntas de acompanhamento, o Facebook disse que, no ano passado, removeu a empresa russa Kaspersky Lab de sua lista anti-vírus gratuitos para usuários que acessam suas redes sociais a partir de um computador que pode estar infectado com códigos maliciosos.
Em respostas escritas separadas, o Google disse que a Kaspersky Lab não foi aprovada para uso em seus sistemas corporativos. O Twitter também disse que não usava produtos da empresa russa.
(Por Dustin Volz e David Ingram)((Tradução Redação São Paulo; +55 11 56447745))REUTERS TH LG