PARIS (Reuters) - A França disse nesta sexta-feira que impediu um possível ataque com ricina depois de interceptar mensagens no aplicativo Telegram, e uma fonte da Procuradoria de Paris disse que um estudante nascido no Egito está sob custódia da polícia.
A polícia fez uma batida na residência do estudante no 18º distrito da capital devido à suspeita de que ele tinha laços com redes criminosas, segundo a fonte. Quatro dias depois ele passou a ser investigado formalmente e teve um pedido de fiança negado.
Um segundo homem foi preso e solto mais tarde. O ministro do Interior francês, Gérard Collomb, disse que os dois são irmãos, mas o funcionário da Procuradoria disse não ser este o caso.
"Estamos seguindo várias pessoas em redes (sociais). Aconteceu de estes dois estarem no Telegram", explicou Collomb à BFM TV. "Conseguimos rastreá-los, identificar este complô e detê-los".
Collomb disse que o estudante possuía "instruções sobre como fazer venenos à base de ricina".
Uma semana atrás, um francês nascido na Chechênia esfaqueou várias pessoas no centro de Paris, matando uma delas antes de a polícia matá-lo a tiros, em um ataque que voltou a expor a dificuldade enfrentada pelos serviços de segurança europeus para rastrear possíveis extremistas.
Mais de 240 pessoas foram mortas em solo francês nos últimos três anos em ataques cometidos por militantes islâmicos ou indivíduos inspirados em grupos como o Estado Islâmico.
(Por Sophie Louet e Emmanuel Jarry)