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Correa baseia vitória eleitoral na economia e em sua campanha "permanente"

Publicado 18.02.2013, 00:53

César Muñoz Acebes.

Quito, 17 fev (EFE).- Uma economia com alto crescimento nos últimos anos e a mobilização quase contínua de sua base eleitoral foram os segredos na vitória deste domingo de Rafael Correa nas eleições do Equador, que garantiu sua supremacia política em um país outrora caracterizado pela instabilidade no poder.

Correa, aliado do presidente venezuelano Hugo Chávez e do boliviano Evo Morales, é o primeiro presidente desde 1996 que termina seu mandato completo.

Segundo os especialistas, a bonança econômica e o aumento do investimento em educação, saúde e obras públicas foram elementos fundamentais para sua perpetuação no Palácio de Carondelet, sede do Governo no centro de Quito de cuja sacada recebeu a vitória.

Correa assumiu a Presidência em 2007, quando o país já tinha se recuperado da grave crise financeira que sofreu em 1999 e se beneficiava da certeza que o uso do dólar dava, uma medida adotada como último recurso por causa da derrocada de sua moeda, o sucre.

O presidente, um economista de esquerda, liberou fundos para a expansão do papel do Estado com uma moratória de parte de sua dívida em 2008, que reduziu os desembolsos para pagamento de juros.

Essa medida lhe fechou as portas aos mercados internacionais de capitais, mas mesmo assim Correa conseguiu aumentar a despesa e o investimento públicos graças aos altos preços do petróleo, a principal exportação do Equador, a uma arrecadação recorde e à ajuda da China.

O país asiático, que está interessado nos recursos naturais do Equador, se transformou em seu principal credor e também o principal destino de seu petróleo.

Com o estímulo do dinheiro público, a economia cresceu 8% em 2011 e 5% em 2012, enquanto este ano o Governo prevê um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,5%.

A melhora econômica se refletiu no sentimento dos eleitores, segundo Gonzalo Ortiz, decano da Faculdade de Ciências Sociais e Comunicação da Universidade Internacional do Equador.

"Quando você é muito feliz não vai mudar de cavalo na metade do rio", disse à Agência Efe.

Correa se candidatou à Presidência em 2006 à frente de sua própria força política, com uma experiência de somente três meses como ministro.

Esse movimento, o Alianza País, se tornou desde então uma formidável máquina eleitoral e sua vitória deste domingo consolidou sua capacidade de mobilização, segundo disse o próprio presidente.

Santiago Nieto, da empresa de pesquisa Informe Confidencial, considera que Correa "realizou uma campanha permanente desde que ganhou a primeira eleição, usando a fórmula do plebiscito".

Desde 2007 foram realizadas seis consultas no Equador, entre referendos e pleitos legislativos e presidenciais, que permitiram ao presidente manter em funcionamento o aparelho eleitoral.

A campanha que culminou na vitória deste domingo durou somente 45 dias, com um feriado de Carnaval no meio, um período curto que impediu a seus sete rivais ficarem conhecidos suficientemente frente a um presidente que manteve uma incessante presença nos meios de comunicação desde seu primeiro dia em Carondelet, opinou Ortiz.

"Além disso, Correa é um político muito habilidoso, cada vez é mais forte sua presença e seu modo de relacionamento com a sociedade", opinou Franklin Ramírez, professor da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais.

Frente a uma campanha de Correa "bastante depurada" em termos de imagem e inclusive de jingles, a oposição apresentou uma frente débil, asseverou esse especialista.

A mensagem principal do presidente foi o continuismo, que seu próprio lema resumiu: "Já temos presidente, temos Rafael", enquanto os candidatos de oposição não conseguiram convencer o eleitorado que uma mudança era necessária.

Além disso, de acordo com Santiago Cuesta, da pesquisadora CMS, Correa conseguiu minimizar seus pontos fracos, que são os casos de corrupção, a insegurança no país e sua atitude "prepotente", na sua opinião.

Como na campanha, Correa prometeu mais do mesmo após sua vitória, embora desta vez tenha data de saída, 2017, quando segundo a Constituição deverá deixar o poder. EFE

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