SÃO PAULO (Reuters) - O aplicativo de entregas colombiano Rappi firmou uma parceria com a companhia mexicana de transporte urbano compartilhado Grin para fornecer aluguel de patinetes elétricos para usuários da Rappi na América Latina.
As empresas não revelaram os termos financeiros do acordo, que marca a entrada da Rappi no segmento de mobilidade urbana. O serviço estará disponível a partir do final de novembro em cidades em que a Rappi atua no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Uruguai.
"Fizemos uma aliança estratégica onde a Grin será responsável pela operação do negócio de mobilidade e a Rappi trará a grande penetração de usuários que tem hoje no mercado brasileiro e latino-americano", disse por email à Reuters o presidente-executivo e co-fundador da Rappi, Simón Borrero.
O aluguel no Brasil sairá por 3 reais nos primeiros três minutos de uso e mais 0,50 real por cada minuto adicional. Os patinetes poderão ser retirados e devolvidos em estabelecimentos parceiros da Rappi, como restaurantes e pontos comerciais.
"Com esta nova opção de transporte nas cidades em que a Rappi atua, esperamos alcançar 70 mil unidades do veículo nos próximos três meses", disse em nota Jonathan Lewy, co-fundador da Grin, que foi criada em julho deste ano. No Brasil as empresas esperar disponibilizar 12 mil patinetes dentro de três meses.
PRINCIPAL MERCADO
No Brasil desde julho de 2017, a Rappi está presente em 13 cidades do país onde oferece serviços de entregas e o RappiPay - de pagamentos e transferências online.
Em setembro a empresa, fundada em 2015, recebeu um aporte de 220 milhões de dólares. O investimento liderado pela DST Global será utilizado para expansões do aplicativo nos mercados que já atua e em novos países, disse Borrero.
"Esperamos que o Brasil se torne o maior mercado da Rappi. Por isso, vamos expandir para novas cidades no próximo ano e aumentar nossa operação nas cidades que já estamos", disse o executivo.
Em março, a Rappi já havia recebido 185 milhões de dólares dos fundos de investimento Andreessen Horowitz e Sequoia Capital, e da alemã Delivery Hero para sua expansão no Brasil e América Latina.
(Por Tais Haupt)