Roma, 23 out (EFE).- O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi será julgado pela acusação de pagar o senador Sergio De Gregorio para que se mudasse para seu partido, o que contribuiu para derrubar o governo de seu adversário Romano Prodi (2006-2008).
A juíza da audiência preliminar de Nápoles, Amelia Primavera, acolheu assim o pedido apresentado pela procuradoria em maio e marcou a primeira audiência deste novo julgamento de Berlusconi para o dia 11 de fevereiro de 2014, segundo a imprensa local.
Além disso, a magistrada opinou o envio a julgamento do empresário e ex-diretor do jornal "Avanti", Valter Lavitola, acusado de participar do suposto pagamento como mediador, e condenou a um ano e oito meses de prisão o ex-senador De Gregorio.
Na audiência realizada hoje, prévia à decisão da juíza, Lavitola prestou depoimento no Tribunal de Nápoles e admitiu, segundo fontes citadas pela imprensa local, que entregou "grandes somas de dinheiro" a De Gregorio, mas justificou que estas provinham do financiamento do jornal "Avanti", no qual ambos eram sócios.
Este caso se baseia no suposto pagamento de 3 milhões de euros a De Gregorio, ex-senador do partido Itália dos Valores (IDV) como parte de um plano estipulado em 2006 para que se mudasse para o Povo da Liberdade (PDL) de Berlusconi, então na oposição, e derrubar assim o governo Prodi.
Seu voto e o de outros senadores que também abandonaram a maioria no governo acabou provocando a queda de Prodi durante uma votação no Senado em 2008. De Gregorio, dentro de sua chamada "operação de verdade", denunciou que recebeu dinheiro de Berlusconi como parte desse plano.
Esta nova frente judicial para Berlusconi ocorre em um momento delicado para "Il Cavaliere", após sua condenação definitiva a quatro anos de prisão por fraude fiscal no chamado caso Mediaset.
À pena de prisão pelo caso Mediaset se somam os dois anos de inabilitação para o exercício de cargos públicos, sentenciados no sábado passado pelo Tribunal de Apelação de Milão, contra os quais o ex-primeiro-ministro ainda pode recorrer no Supremo.
Está previsto que Berlusconi encare nas próximas semanas a votação no plenário do Senado sobre a possível retirada de sua cadeira de senador, devido a essa condenação a quatro anos de prisão.
Segundo a chamada Lei Severino, que entrou em vigor em janeiro deste ano, no Parlamento italiano não podem ocupar postos pessoas com penas fixadas definitivamente e superiores a dois anos de prisão.
Berlusconi tem além disso pendente em Milão o processo pelo chamado 'caso Ruby', no qual é acusado de incitação à prostituição de menores e abuso de poder e no qual já foi condenado em primeira instância, assim como o julgamento pelo 'caso Unipol', no qual é acusado de violação de segredo de sumário e pelo qual também recebeu uma primeira sentença. EFE
A juíza da audiência preliminar de Nápoles, Amelia Primavera, acolheu assim o pedido apresentado pela procuradoria em maio e marcou a primeira audiência deste novo julgamento de Berlusconi para o dia 11 de fevereiro de 2014, segundo a imprensa local.
Além disso, a magistrada opinou o envio a julgamento do empresário e ex-diretor do jornal "Avanti", Valter Lavitola, acusado de participar do suposto pagamento como mediador, e condenou a um ano e oito meses de prisão o ex-senador De Gregorio.
Na audiência realizada hoje, prévia à decisão da juíza, Lavitola prestou depoimento no Tribunal de Nápoles e admitiu, segundo fontes citadas pela imprensa local, que entregou "grandes somas de dinheiro" a De Gregorio, mas justificou que estas provinham do financiamento do jornal "Avanti", no qual ambos eram sócios.
Este caso se baseia no suposto pagamento de 3 milhões de euros a De Gregorio, ex-senador do partido Itália dos Valores (IDV) como parte de um plano estipulado em 2006 para que se mudasse para o Povo da Liberdade (PDL) de Berlusconi, então na oposição, e derrubar assim o governo Prodi.
Seu voto e o de outros senadores que também abandonaram a maioria no governo acabou provocando a queda de Prodi durante uma votação no Senado em 2008. De Gregorio, dentro de sua chamada "operação de verdade", denunciou que recebeu dinheiro de Berlusconi como parte desse plano.
Esta nova frente judicial para Berlusconi ocorre em um momento delicado para "Il Cavaliere", após sua condenação definitiva a quatro anos de prisão por fraude fiscal no chamado caso Mediaset.
À pena de prisão pelo caso Mediaset se somam os dois anos de inabilitação para o exercício de cargos públicos, sentenciados no sábado passado pelo Tribunal de Apelação de Milão, contra os quais o ex-primeiro-ministro ainda pode recorrer no Supremo.
Está previsto que Berlusconi encare nas próximas semanas a votação no plenário do Senado sobre a possível retirada de sua cadeira de senador, devido a essa condenação a quatro anos de prisão.
Segundo a chamada Lei Severino, que entrou em vigor em janeiro deste ano, no Parlamento italiano não podem ocupar postos pessoas com penas fixadas definitivamente e superiores a dois anos de prisão.
Berlusconi tem além disso pendente em Milão o processo pelo chamado 'caso Ruby', no qual é acusado de incitação à prostituição de menores e abuso de poder e no qual já foi condenado em primeira instância, assim como o julgamento pelo 'caso Unipol', no qual é acusado de violação de segredo de sumário e pelo qual também recebeu uma primeira sentença. EFE