RAMALLAH, Cisjordânia (Reuters) - Soldados israelenses atiraram e mataram três manifestantes palestinos e feriram cerca de 100 nesta quinta-feira em confrontos com milhares de pessoas que realizavam um protesto na Cisjordânia ocupada contra a ofensiva israelense de 17 dias na Faixa de Gaza, disseram autoridades médicas palestinas.
O Exército israelense confirmou que soldados utilizaram "meios de dispersão de motim" contra os manifestantes que atiraram pedras e bombas incendiárias contra eles e bloquearam uma estrada com pneus em chamas.
O protesto começou depois que aliados do movimento Fatah, do presidente palestino, Mahmoud Abbas, marcharam a partir da cidade de Ramallah, na Cisjordânia, para as cercanias de Jerusalém em protesto contra a guerra de Israel contra militantes do Hamas em Gaza, onde o número de mortos palestinos superou 760.
Um médico de um hospital de Ramallah disse que três pessoas morreram de ferimentos a bala, incluindo um homem na casa dos 20 anos que foi ferido na cabeça, enquanto pelo menos outras 100 pessoas foram tratadas por várias lesões após o protesto.
A Rádio Israel informou que o protesto parecia ser o maior desde a revolta palestina de 2000-2005.
Tropas israelenses mataram dois outros palestinos nesta semana em confrontos menores na Cisjordânia, território capturado por Israel junto com Gaza na guerra de 1967.
Protestos também foram relatados em Jerusalém, onde a polícia enfrentou manifestantes palestinos dentro e perto da antiga cidade murada, incluindo os arredores de um local sagrado reverenciado por muçulmanos e judeus.
O porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, disse que vários policiais ficaram feridos por pedras atiradas contra eles em Jerusalém e que cerca de 20 manifestantes foram presos.
(Reportagem de Ali Sawafta em Ramallah)