São Paulo, 6 out (EFE).- O Banco do Brasil anunciou hoje uma
reorganização de seus negócios na área de seguros com a
simplificação do quadro de alianças estratégicas, à qual se
incorpora a espanhola Mapfre.
Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente do Banco do Brasil,
explicou em entrevista coletiva em São Paulo que a entidade se
dispõe a reduzir seu número de parceiros, como uma forma de relançar
suas operações na área de seguros.
"Tivemos até agora uma série de parceiros que competiam conosco
no dia-a-dia. Uma grande premissa a partir de agora é que o banco
não será parceiro dos que têm negócios concomitantes", disse.
O executivo comentou que, com as novidades, a instituição busca
"resultados e participação no mercado de seguros correspondente ao
tamanho e ao mercado do Banco do Brasil".
Para isso, o Banco do Brasil se dispõe a implementar um modelo
"mais adequado à realidade atual" com "um novo desenho" que girará
ao redor das duas novas empresas subsidiárias a serem criadas.
A primeira é o BB Aliança, "específica para trabalhar o seguro de
vida, o seguro de empréstimos e ramos elementares", e a segunda é o
BB Seguros, "maior e definitivo, e que vai concentrar todos os
outros negócios em seguros", explicou o executivo.
O anúncio foi feito na entrevista coletiva que ofereceu junto ao
presidente mundial da seguradora espanhola Mapfre, José Manuel
Martínez, para informar da aliança estratégica com a qual as duas
companhias se dispõem a se unir no mercado segurador.
A companhia de seguros conjunta, que operaria nos negócios de
particulares, seguros gerais e de automóveis, controlaria 16% do
mercado brasileiro e seria líder no Brasil no setor de seguros de
pessoas e segunda no setor de seguros de danos.
"Este é o primeiro grande movimento que estamos fazendo. Uma
associação entre o BB e a Mapfre Seguros, duas empresas mundiais e
com uma cultura muito semelhante", acrescentou Caffarelli.
O presidente da Mapfre se mostrou "muito feliz" com a aliança que
foi anunciada hoje e que está à espera de aprovação por parte da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM). EFE