Cingapura, 11 nov (EFE).- O Banco Mundial lançou hoje uma
advertência às economias da Ásia que correm mais risco de
reaquecimento, à medida que seus Governos injetam dinheiro para
superar a crise financeira global.
"Na Ásia oriental, a recuperação do crescimento começa de uma
forma forte e há muita liquidez, surge o risco de que seja preciso
enfrentar bolhas financeiras em alguns mercados" disse o presidente
do Banco Mundial, Robert Zoellick.
O presidente da instituição financeira, que está em Cingapura
para participar das reuniões do Fórum de Cooperação Econômica
Ásia-Pacífico (Apec), recomendou que os bancos centrais da região
não recorram só ao aumento da taxa de juros para controlar a
liquidez nos mercados.
"As soluções para as bolhas financeiras são fáceis de
determinar", disse Zoellick, em entrevista coletiva.
Zoellick disse que o risco do reaquecimento é o motivo que levou
o Governo da Austrália a aumentar, no início de outubro, sua taxa de
juros.
O presidente do Banco Mundial pediu que os Governos asiáticos
freiem seus planos de reativação orçamentária, que significaram a
injeção de bilhões de dólares em suas economias, especialmente em
projetos de infraestrutura.
Os chefes de Estado ou Governo das 21 economias do Apec se
comprometerão a manter seus planos de estímulo econômico, quando se
reunirem no próximo fim de semana, em Cingapura.
China, EUA e Rússia são as maiores potências do Apec, que também
é formado por Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Coreia do Sul,
Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova
Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Cingapura, Tailândia, Taiwan e
Vietnã.
Estas 21 economias representam 40% da população mundial, mais da
metade do Produto Interno Bruto (PIB) e 44% do comércio. EFE